XIX Congresso Brasileiro de Primatologia

Mesas Redondas


MR01. Título:  Sabemos o que precisamos saber para a conservação dos primatas brasileiros?

Participantes: Leonardo de Carvalho Oliveira, Amely Branquinho Martins, Mônica Mafra Valença-Montenegro, Gustavo Rodrigues Canale

ResumoO conhecimento acadêmico e a conservação de espécies devem andar juntas, apesar de muitas vezes trilharem caminhos distintos. Grande parte da produção científica sobre nossa biodiversidade vem das IES, embora ações ligadas à conservação, como avaliação do risco de extinção, elaboração e implementação de planos de ação para conservação de espécies ameaçadas são coordenados por órgãos governamentais. A comunicação clara entre esses setores é essencial para aliar a teoria à prática e para uma maior efetividade na aplicação de ações que levam à conservação de espécies. Nessa mesa propomos discutir as limitações, necessidades e pontos fortes em cada um dos setores com o objetivo de evidenciar os já existentes e propor novos caminhos para melhor aplicar o conhecimento gerado pela academia e aumentar a efetividade de nossas ações de conservação para os primatas brasileiros.

 

MR02. Título:  Sobre ser mulher e primatóloga: a importância da igualdade de gênero na conservação dos primatas

Participantes: Gabriela Cabral Rezende, Mariane da Cruz Kaizer, Fernanda Abra, Priscila Oliveira

Resumo: No Brasil e no mundo, a primatologia conta com inúmeras mulheres atuantes. O protagonismo de lideranças femininas na conservação dos primatas não-humanos é histórico e extremamente necessário. As mulheres oferecem relevante contribuição na pesquisa, conservação e manejo dos primatas, nos direitos da mulher e nas questões de gênero da área. Nessa mesa redonda, pretendemos discutir a construção da carreira em conservação de primatas a partir do exemplo de mulheres primatólogas, em diferentes contextos, idades e visões. Sob a óptica feminina e contagiadas pelo sentimento de resistência e sororidade, propomos debater o fato de que as práticas científicas primatológicas produzem consequências éticas, ambientais e políticas no mundo, para os primatas humanos e não-humanos. Quando aceitamos a diversidade e importância de todos, conseguimos fazer ciência e conservação de forma mais igualitária. Os primatas precisam da ciência, a ciência precisa das mulheres.

 

MR03. Título:  Fontes alternativas de financiamento para pesquisa em primatologia

Participantes: Francisco Edvaldo de Oliveira Terceiro, Patricia Izar, Maurício Talebi, Felipe Ennes Silva

ResumoA obtenção de recursos para uma pesquisa científica é condição sine qua non para a sua realização. Historicamente, a principal fonte para obtenção de financiamento foram institutos estatais de fomento à pesquisa. Esta realidade vem mudando tanto a nível nacional quanto internacional. Dentro deste contexto, a nossa comunidade científica não passa incólume a estas mudanças. Esta mesa redonda visa reunir diversas experiências no processo de obtenção de recursos financeiros, possibilitando que a comunidade científica conheça as opções disponíveis e possa navegar este processo com eficiência.

 

MR04. Título:  Sobre o III Workshop de Educação Ambiental para Conservação de Primatas

Participantes: Cristiane Hollanda Rangel, Patrícia Izar, Dayse Campista, 

ResumoA Mesa Redonda vai apresentar para a comunidade do CBPR os resultados do III Workshop de Educação Ambiental para Conservação de Primatas. Traremos um resumo da integração das atividades, materiais, estratégias e didáticas usadas nas experiências exitosas de EA, por uma diversidade de grupos de pesquisa, regiões do Brasil, espécies de primatas e locais de atuação.
Diferentes grupos de primatologia produziram materiais e estratégias de EA que precisam ser reconhecidos e integrados para rompimentos de barreiras, tarefa vital própria da Educação Ambiental.
Vamos propor uma estruturação conjunta de elementos e conteúdos de EA para serem disponibilizados como sugestões que podem ser adaptadas e basear as práticas da comunidade primatológica, alimentando e integrando os programas individuais de EA. Por fim, discutir e propor um "pacote" de EA idealizado, elaborado e testado, que pode ser disponibilizado para as Secretarias de Educação e de Meio Ambiente municipais e escolas, entre outros.

 

 

MR05. Título:  Plano de Ação para a Conservação de Ateles e Lagotrhrix

Participantes: Leandro Jerusalinsky, Melissa Rodriguez, Andres Link, Russel Mittermeier

ResumoA família Atelidae é a que possui maior proporção de táxons ameaçados de extinção entre os Platyrrhini, devido, principalmente, à perda, degradação e fragmentação de habitat, mas também à pressão de caça que sofrem por serem os maiores primatas do continente. Além disso, o seu ciclo reprodutivo mais longo dificulta a rápida recuperação das populações. Conforme a IUCN Red List, dentre os 19 táxons dos gêneros Ateles e Lagothrix, 17 (89,5%) estão ameaçados de extinção, e dois têm Dados Insuficientes (DD). Várias destas espécies estão contempladas com estratégias para a sua conservação por meio de Planos de Ação Nacionais (p.ex. Brasil, Equador). Entretanto, promover a conservação destes primatas de forma integrada e transnacional, incentivando o desenvolvimento de iniciativas onde ainda não existem e fortalecendo a colaboração entre as ações em curso, representa um desafio com poucos precedentes em nosso continente. Esta mesa propõe discutir as bases para avançar neste plano.