Dados do Trabalho

Título

CARTILHA “PRIMATÓLOGAS DO BRASIL”: UM GUIA PARA PESQUISADORES QUE BUSCAM POR ORIENTAÇÃO ACADÊMICA FEMININA

Resumo

As mulheres sofrem com o questionamento de sua capacidade profissional, desigualdade social e estrutural, assédio sexual e moral ao longo de suas carreiras. Esta misoginia faz com que elas sejam sub-representadas na ciência. A iniciativa Mulheres pela Primatologia acredita na importância da representatividade feminina e divulga ações viabilizadas por mulheres, buscando incentivá-las e apoiá-las a atuar em prol da conservação de primatas não-humanos (PNH). Com o objetivo de unir as professoras, orientadoras e chefes de laboratórios com pesquisas voltadas aos PNH às mulheres dispostas a estudar e trabalhar com primatas, criamos a cartilha “Primatólogas do Brasil”. Foi utilizado o método bola de neve (snowball sampling) entre os meses de fevereiro/2022 a maio/2022 para seleção das participantes e obtivemos via e-mail informações sobre 1) formação; 2) vínculo institucional; 3) linhas de pesquisa; 4) espécies de primatas que trabalham; e 5) maternidade. No primeiro volume, reunimos 22 profissionais, sendo 16 biólogas (73%), quatro médicas veterinárias (18%), uma antropóloga e uma biomédica. E 12 (55%) são mães, em sua maioria de crianças e adolescentes. As áreas de atuação variaram desde ecologia, comportamento e bem-estar animal, manejo e demografia, evolução, cognição, saúde, genética, reprodução e fisiologia, a educação ambiental e biodireito. Os gêneros de PNH mais estudados foram respectivamente: Sapajus, Cebus, Callithrix, Alouatta, Leontophitecus, Brachyteles, Callicebus, Pithecia, Pan, Chiropotes, Cacajao, Aotos, Lagothrix, Ateles, Saimiri, Pongo, Gorila, Hylobates, Symphalangus e Macaca. As primatólogas registradas estão distribuídas em todas as regiões do Brasil, destacando-se a Sudeste (50%), seguida da Nordeste (27%). Portanto, esta cartilha reúne informações importantes sobre primatólogas disponíveis para orientação acadêmica, construindo um caminho para ensino e pesquisa, bem como discussões de gênero no campo da primatologia. Esforços devem ser realizados para incluir outras mulheres que se dedicam à primatologia no Brasil.

Financiadores

N/A

Palavras-chave

Orientadoras; Pesquisadoras; Representatividade feminina

Área

Área 8 – Outros (ex. Educação Ambiental)