Dados do Trabalho

Título

Registros do mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

O mico-leão-dourado (MLD), é uma espécie endêmica da Mata Atlântica do estado do Rio de Janeiro (RJ) e classificada como Em Perigo de extinção. A maior parte de sua população está localizada na bacia do Rio São João (municípios de Araruama, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Rio Bonito, Saquarema e Silva Jardim). Entre jan/2020 e abr/2022 realizamos levantamentos de populações de Leontopithecus rosalia, através de visualização, captura dos animais e aplicação de questionário de campo na Região Metropolitana do RJ. Foram investigadas dezessete unidades de conservação (UC), sendo que treze estão conectadas entre si num total de cerca de 200.000 hectares. Diversos grupos de animais foram registrados e treze indivíduos foram capturados utilizando armadilhas modelo Tomahawk, sendo conduzidos para uma unidade clínica móvel (trailer) para avaliação clínica, biometria, pesagem, sexagem, marcação (microchip, tatuagem, colar numerado), coleta de material biológico (sangue, pelos, fezes) para pesquisa de agentes etiológicos e estudo genético, sendo soltos logo em seguida nos mesmos locais de captura. O MLD foi registrado nas seguintes UC na região metropolitana do RJ: APA de Petrópolis, APA da Bacia do Rio Macacu, APA de Suruí, PE Três Picos, Parna Serra dos Órgãos, Parque Natural Municipal Taquara, RVS Serra da Estrela, Rebio Tinguá e RPPN El Nagual. Em uma UC, o PE Pedra Branca que não possui conexão com outras investigadas, foram registrados três indivíduos de MLD isolados e sem contato com outras populações. Foram registradas um total de 25 grupos de micos-leões-dourados com cerca de 151 indivíduos, em altitudes variando entre 27 e 709 metros. Esses resultados, embora ainda preliminares, sugerem que as populações de MLD na Região Metropolitana do estado do RJ parecem estar se reproduzindo e podem ser uma população pouco conhecida num conjunto de áreas protegidas conectadas ou uma alternativa como fonte de indivíduos para manejo populacional.

Financiadores

Financiamento: Phoenix Projetos Ambientais, Global Wildlife Conservation
Apoio: Pantharpia, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB/ICMBio), Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Companhia de Concessão Rodoviária de Juiz de Fora – RJ (CONCER), FIOCRUZ, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Federal Fluminense (UFF).

Palavras-chave

Mata Atlântica, Unidades de Conservação, Espécie Ameaçada.

Área

Área 3 – Manejo e Conservação