Mesas Redondas


Resumo geral: Nas últimas décadas, o estudo de organismos extremamente diversos, como os anuros, foi impactado não somente pela formação de recursos humanos e crescimento do interesse no grupo, mas por uma revolução tecnológica e metodológica. A obtenção de diferentes tipos de informação, em maior resolução e menor tempo, analisadas sob diferentes cenários, vem resultando em avanços significativos no conhecimento disponível sobre esses organismos. O acesso e a incorporação de informações moleculares, o desenvolvimento de técnicas não destrutivas, a obtenção de imagens em alta resolução e o uso de inteligência artificial na análise de dados são exemplos deste impacto no estudo da biodiversidade em condições naturais e experimentais. Em conformidade com a temática temporal do XCBH (passado-presente-futuro), esta mesa-redonda tem como objetivo discutir perspectivas no estudo da morfologia de anfíbios anuros, utilizando como base os avanços obtidos recentemente na investigação de diferentes estruturas, como pele, ossos, músculos e órgãos internos. Pretende-se trazer à mesa cinco pesquisas aplicadas, com abordagens tanto em amplo contexto filogenético como táxon-específicas, que exemplifiquem possibilidades de obtenção de dados e aplicação de métodos analíticos na investigação de estruturas anatômicas com diferentes objetivos. Dessa forma, pretendemos ressaltar a contribuição de diferentes abordagens, advindas tanto do uso de métodos consolidados como da incorporação de novas técnicas, para diferentes áreas do conhecimento. A integração e complementariedade dessas abordagens clássicas e contemporâneas é essencial aos avanços futuros em estudos de morfologia de anuros adultos e girinos, trazendo novas perspectivas aos estudos de anatomia, desenvolvimento, taxonomia, sistemática, ecologia e evolução destes organismos.

“Das Tomografias e Reconstruções 3D no século XIX a Anatomia Comparada de Anfíbios no Século XXI”
Palestrante: Helio Ricardo da Silva (UFRJ)

“Anatomia Comparada com microtomografias: trazendo a morfologia para o século XXI”
Palestrante:Gustavo Colaço (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ)

“Ampliando caminhos no estudo da morfologia em Brachycephalidae: conhecimento existente, novas técnicas e aplicações”
Palestrante: Thais Helena Condez (Carleton University)

“De volta para o futuro: o potencial dos estudos anatômicos tradicionais para avanço do conhecimento sobre evolução larval em anuros”
Palestrante: Tiago Leite Pezzuti (Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG)
 
Resumo geral: A invasão de espécies consiste na introdução de indivíduos, estabelecimento de populações e a expansão da área de ocorrência por meio de dispersão. Em cada etapa, as espécies exóticas/invasoras podem causar impactos ecológicos sobre espécies nativas e impactos socioeconômicos. Cada etapa exige dos órgãos ambientais estratégias de controle e erradicação. Além disso, é interessante entender a ecologia e evolução destas espécies na área invadida ao longo do tempo. No caso da herpetofauna, os principais meios de introdução de espécies são como animais de estimação (PETS) e para comércio da carne. No Brasil, apenas na última década vendo sendo dada atenção a herpetofauna exótica e invasora. Em especial, há poucos estudos visando os impactos tanto ecológicos e socioeconômicos provocados por estas espécies. A ausência destes dados impede maior eficiência em subsidiar ou impedir a introdução intencional com permissão governamental. Esta mesa redonda tem como objetivos apresentar estudos realizados no Brasil sobre os impactos ecológicos e socioeconômicos provocados pela herpetofauna invasora tanto no continente quanto em ilhas, entender a evolução destas espécies na área invadida e também apresentar a fragilidade da legislação brasileira para evitar problemas futuros. Especial atenção será dada ao comércio de repteis que nos últimos anos ganhou interesse de órgãos públicos para a sua liberação com pets. Em todas as palestras, além da apresentação de dados científicos, palestrantes apontarão um direcionamento para estudos que possam compreender a ecologia e evolução dos invasores e assim subsidiar órgãos gestores nas suas decisões.

“Impactos ecológicos e socioeconômicos de espécies da Herpetofauna invasora no Brasil”
Palestrantes: Cinthia A. Brasileiro (Universidade Federal de São Paulo), Camila Both (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

“Herpeto-exóticas em uma ilha tropical Brasileira”
Palestrante: L. Felipe Toledo (Universidade Estadual de Campinas)

“Prós e contras dos répteis de estimação”
Palestrante: Carlos Abrahão (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

“Desafios associados ao comércio de répteis no Brasil"
Palestrantes: Érica Fonseca (Universidade Federal de Santa Maria), Camila Both (Universidade Federal do Rio Grande do Sul,)
Resumo geral: As crises econômica, climática, de saúde e política no mundo atual tem dificultado e prejudicado a ciência e os pesquisadores em todo o mundo, especialmente nos países latino-americanos e naqueles em desenvolvimento. Nesse contexto, há que se somar esforços e ter união para buscar a superação das dificuldades, apoiar e incentivar pesquisas na área, incluindo pesquisas inovadoras. Acreditamos que as Sociedades Científicas tem importante papel, pois podem reunir e coordenar esforços em ações e reivindicações nacionais e latino-americanas integradas que apoiem os pesquisadores e estudantes e que possibilitem, não apenas a manutenção, mas o incremento, o avanço e a inovação nas pesquisas e na ciência. Estes tipos de organizações científicas são uma ponte com a sociedade, e podem também se tornar interlocutores qualificados frente aos organismos governamentais para fornecer informações e/ou propor estratégias de ação discutidas nos âmbitos acadêmicos. Na discussão focaremos a importância de estudos integrados em escala continental, especialmente considerando a mudança climática global em curso; bem como procuraremos identificar temas para estudos transversais nas diferentes regiões ou países. Isso permitirá, por exemplo, detectar “áreas vazias”, principais linhas de pesquisa, promover redes de comunicação entre grupos de trabalho, etc., úteis para estudantes e pesquisadores que buscam interagir e potenciar suas pesquisas com diferentes grupos. Considerando a temática do X CBH (Passado – Presente – Futuro), essa proposta se enquadra em “futuro”, pois visa a proposição de ações e projetos integradores a serem desenvolvidos, como um modo de lidar com os diversos desafios atuais e futuros.

“Ações e propostas da Sociedade Brasileira de Herpetologia – SBH”
Palestrante: Denise de C. Rossa-Feres (Presidente da Sociedade Brasileira de Herpetologia)

“Ações e propostas da Asociación Paraguaya de Herpetología – APAH”
Palestrante: Diego Bueno Villafañe (UNESP)

“Ações e propostas da Asociación Herpetológica Argentina – AH”
Palestrante: Maria Laura Ponssa (Presidente da Asociación Herpetológica Argentina)

“Ações e propostas da Sociedad Zoológica del Uruguay – SZU”
Palestrante:Raúl Maneyro (Representante Sociedad Zoológica del Uruguay e Boletín de la SZU)

Ações e propostas da Asociación Colombiana de Herpetología – ACHerpetología
Palestrante: Wilmar Bolívar-Garcia (Presidente da Asociación Colombiana de Herpetología)