Dados do Trabalho
TÍTULO
BETA DIVERSIDADE DE PEQUENOS MAMIFEROS DO ESTADO DO PARANA, BRASIL
Resumo
Os pequenos mamíferos não-voadores formam um dos grupos mais diversificados entre os vertebrados terrestres, possuem grande importância ecológica e influência na dinâmica florestal, além de serem bons indicadores de alterações ambientais. No entanto, a Beta Diversidade e também a distribuição das espécies de pequenos mamíferos não-voadores é pouco conhecida no estado do Paraná. Este trabalho teve como objetivo analisar a Beta Diversidade de pequenos mamíferos não-voadores ocorrentes no Estado do Paraná. Foi realizada uma pesquisa na literatura buscando estudos que continham inventário de espécies de pequenos mamíferos, sendo que os táxons avaliados foram as famílias Cricetidae e Didelphidae. Os estudos selecionados contemplaram inventários feitos em sete municípios (Pinhão, Matinhos, Morretes, Palmas, Piraí do Sul, São Luiz do Purunã e Telêmaco Borba) e a partir dos dados de cada um foi construída uma matriz de acordo com a presença e ausência das espécies em cada localidade. Para analisar a similaridade entre as riquezas de pequenos mamíferos de diferentes localidades do Paraná, foi feita uma avaliação da beta diversidade entre as localidades e também uma análise de Escalonamento Multidimensional não-Métrico (NMDS), utilizando o índice de Jaccard. Para todas as localidades foram registradas 29 espécies de pequenos mamíferos (15 Cricetidae e 14 Didelphidae), a riqueza média foi de 12 ± 6,08 (Desvio Padrão). A localidade com maior riqueza foi o município de Telêmaco Borba (S=22), e a menor foi no município de Pinhão (S=5). A Beta Diversidade Global, obtida através de 42 interações, foi de 1,33. A maior Beta Diversidade entre localidades foi entre Palmas e Matinhos (0,8), e a menor foi entre São Luiz do Purunã e Piraí do Sul (0,25) seguido por Matinhos e Morretes (0,25). Há uma grande dissimilaridade entre as localidades, demonstrando que existe uma alta Beta Diversidade de pequenos mamíferos não-voadores no Paraná. A alta Beta Diversidade observada pode se dar pela ocorrência de espécies raras nos inventários, isso proporciona complementariedade entre as diferentes comunidades amostradas. A complementariedade e a Beta Diversidade observada neste estudo pode ser utilizada para a elaboração de planos de manejo que priorizem a conservação de uma maior quantidade de fragmentos florestais, que consequentemente poderá favorecer a manutenção e proteção das espécies de pequenos mamíferos não-voadores do Paraná.
Palavras-chave
Roedores, Marsupiais, Mammalia, Ecologia
Área
Ecologia
Autores
Mariane Araujo, Fabiana Fátima Stürmer, Gabriel Cezar Silveira Rocha, João Marcelo Deliberador Miranda