Dados do Trabalho
TÍTULO
MORCEGOS NA PRAÇA EM PIRENOPOLIS - EXPANDINDO O CONHECIMENTO A RESPEITO DOS MORCEGOS
Resumo
Um dos grandes desafios atuais é derrubar o muro que separa ciência e sociedade, levando a popularização do conhecimento científico gerado. O objetivo deste trabalho foi de divulgar e popularizar o conhecimento científico sobre morcegos, quem são, sua importância ecológica e em saúde. Participaram monitores congressistas e inclusive das cidades próximas e funcionário público da região, responsável pelo manejo de morcegos. Consistiu na exposição de morcegos taxidermizados, via úmida e seca, cartazes autoexplicativos com temas como serviços ecossistêmicos, curiosidades, raiva, quiropterofauna do cerrado e cavernas; foram distribuídos folhetos informativos. Foram abordados transeuntes, que passavam pela praça e com a sua autorização foram realizadas perguntas a respeito dos morcegos. Direcionados por um questionário contendo doze perguntas abertas, os pesquisadores puderam extrair ao máximo o conhecimento dos entrevistados. As perguntas foram categorizadas em conhecimentos gerais, conservação e saúde. Foram abordados 90 transeuntes, 46 do sexo feminino e 44 masculinos com idades entre 7 a 69 anos (média= 25). O nível de escolaridade variou de ensino fundamental incompleto (N=9) à pós-graduação (n=2), sendo a maioria tendo ensino médio completo (N=31), entre outros (N=48). Grande parte dos entrevistados já tinham ouvido falar dos morcegos (N= 88; 97,7%), a maioria pelo hábito alimentar (frutas, sangue, insetos) (N=20;22,72%). Além disso, os transeuntes, já tinham visto um morcego (N= 71; 78,8%), em árvores (ocos, bananeiras, mato) (N=24; 33,80%). Quando perguntados sobre alguns hábitos como “onde moram?” e “o que comem?”, a maioria respondeu saber o que os morcegos comem (N=71; 78,8%). As respostas mais representativas foram “árvores” (ocos, bananeiras, mato) (N=24; 33,80%) e “frutas” (Jabuticaba, banana) (N=54; 76,05%). A minoria dos entrevistados acredita que os morcegos podem atacar os seres humanos (N=34; 37,77%), por se alimentarem de sangue (N=12 ;35,29%). Na parte de saúde única do questionário, a maioria acha que esses mamíferos podem transmitir doenças (N=68; 75,55%), se destacando a Raiva (N=30; 44,11%), porém alguns participantes não souberam relatar nenhuma doença (N=24; 35,29%), sabendo que os morcegos podem transmitir doenças, porem não fazendo ideia de qual. Em caso de mordida por um morcego (n=54; 60%), procurariam orientação médica (Posto de saúde, Especialista, Hospital). Quando perguntados “Você já viu um morcego em sua casa?”, (N=55; 61,11%), responderam ter visto na parte interior da casa (N=40; 72,72%). Sobre a conservação desses mamíferos, (N= 21; 23,33%), já relataram ter matado algum indivíduo, principalmente por brincadeira, quando crianças (N=7; 33,33%). Já sobre a importância dos morcegos, (N=79; 87,77%), disseram que esses animais possuem importância, por fazerem parte da cadeia ecológica (Biodiversidade, cadeia alimentar, equilíbrio); (N=18; 22,78%). Por fim, em caso de encontrar um morcego no chão, a maioria arrumaria um jeito de espantar o animal com algum objeto, sem matá-lo (N=47; 52,22%). Assim concluímos que os transeuntes de Pirenópolis têm um bom conhecimento a respeito do que são, onde e como vivem os morcegos, além da importância de sua conservação e sua relação com ambiente; no entanto, não conhecem por completo questões de saúde relacionadas a esses animais.
Palavras-chave
Educação ambiental, transeuntes, extensão universitária.
Financiamento
organização do 9°CBMz/9°EBEQ, SBMz, SBEQ, Proext -UFRRJ, PPGCV
Área
Educação Ambiental/Ensino
Autores
Priscilla Maria Peixoto Patricio, Elizabete Captivo Lourenço, Luciana de Moraes Costa, Júlia Lins Luz, Kátia Maria Famadas