X CONGRESSO BRASILEIRO DE MASTOZOOLOGIA

Dados do Trabalho


TÍTULO

A SEGUNDA AVALIAÇAO GLOBAL DE MAMIFEROS: RESULTADOS PARA RODENTIA DO BRASIL.

Resumo

<p>A Ordem Rodentia constitui mais de 40% da riqueza de mamíferos. Entre todas as espécies terrestres, é o grupo menos estudado em relação a taxonomia, ecologia, comportamento, e risco de extinção. A Ordem forma uma grande lacuna no nosso conhecimento sobre a mastozoologia brasileira. A consideração mais importante, porém, é que esta falta de dados e informação põe em risco todos os esforços de conservar os mamíferos brasileiros. Com 40% da Classe Mammalia em déficit científico, temos que acelerar nossos investimentos em trabalhos de campo e laboratório com roedores do país. A primeira avaliação global de mamíferos foi publicada em 2008. Recentemente reavaliamos todas as espécies das ordens Rodentia e Eulipotyphla do Novo Mundo para que tenhamos dados sobre as tendências do seu atual risco de extinção. Foram analisadas um total de 1.138 espécies, entre elas 1.031 espécies de roedores. Neste trabalho apresentamos os resultados para todas as espécies brasileiras de roedores. De 2008 a 2019, o número de roedores avaliados aumentou de 154 para 234 espécies, um incremento de 80 espécies, havendo mudanças na categoria de ameaça de 14 espécies, com três “uplisted” e onze “downlisted”. Para 2019, são 19 espécies em categorias de ameaça; 5 vulneráveis (VU), 11 ameaçadas (EN), e 3 criticamente ameaçadas (CR). Destas 19 espécies, 17 foram avaliadas usando o Critério B, e 2 com o Critério D. Em nenhum dos casos existe dados suficientes sobre tendências populacionais para fazer uma avaliação usando o Critério A. Mais preocupante é o fato que 40 espécies se encontram na categoria de deficiente em dados (DD), o que representa 17% dos roedores do país. Apresentaremos um resumo completo do status da ordem Rodentia no Brasil, com ameaças, padrões geográficos, e recomendações sobre investimentos em pesquisa para melhorar o conhecimento da ecologia desses animais. Esta informação é essencial para esclarecer o papel dos roedores na função dos ecossistemas e para definir prioridades para a conservação deste componente importante da biodiversidade brasileira.</p>

Palavras-chave

<p>Lista Vermelha, IUCN, conservação, biodiversidade, ameaças, roedores</p>

Financiamento

Área

Biologia da Conservação

Autores

Thomas Edward Lacher, Shelby McCay, Alexandre Reis Percequillo, Nicolette Sarah Roach