X CONGRESSO BRASILEIRO DE MASTOZOOLOGIA

Dados do Trabalho


TÍTULO

CUIDADOS COM BIOSSEGURANÇA DOS PROFISSIONAIS E ESTUDANTES QUE TRABALHAM COM MAMIFEROS – PESQUISA REALIZADA DURANTE O 9° CONGRESSO BRASILEIRO DE MASTOZOOLOGIA E 9° ENCONTRO BRASILEIRO PARA O ESTUDO DE QUIROPTEROS

Resumo

O crescimento das questões relacionadas a saúde única, bem como os cuidados com a biossegurança dos pesquisadores, principalmente em trabalhos de campo, levou aos participantes do minicurso "Morcegos e educação ambiental: conhecer para preservar" realizado no 9° CBMz/EBEQ suscitar o levantamento dessas questões relacionadas aos profissionais da área. A proposta inicial da organização do minicurso foi promover uma oficina para que estes desenvolvessem um trabalho de pesquisa e/ou extensão baseado com o que foi discutido durante o curso. Assim os seis participantes do curso, orientados pelas três professoras responsáveis, elaboraram uma pesquisa com o intuito de relacionar o perfil profissional dos participantes do 9° CBMz/EBEQ com os cuidados de biossegurança e as práticas de Ensino, pesquisa e extensão. Tanto docentes como alunos estão cada vez mais sobrecarregados e expostos a exigências que acarretam no esquecimento de sua própria segurança e exclusão ou desnível. Assim, a pesquisa teve como objetivo levantar dados referente ao trabalho com a Extensão Universitária e sobre a biossegurança dos pesquisadores e aspirantes a tal. Aqui nós apresentamos os dados referentes às questões de biossegurança. Foi elaborado um formulário através do Google Forms no qual foram enviados a todos os congressistas (341 participantes) através de parceria com a Elo Eventos, organização do evento. O formulário foi elaborado com respostas abertas e esteve disponível entre 18 de setembro e 30 de outubro de 2017. Assim 133 congressistas (39%) responderam o questionário digital. A maioria tinha a formação em ciências biológicas (128 participantes) com especialidade de trabalho na Ordem Chiroptera (70 participantes) seguido de Rodentia (32 participantes). A maioria (93 participantes) apresentou de zero a 10 anos de experiência profissional. Vinte e seis participantes não sabiam quais patógenos o seu objeto de estudo poderia transmitir e 106 indicaram ao menos uma doença ou patógeno; dentre os quais os mais citados foram raiva (85 citações), histoplasmose (31 citações), hantavirose (25 citações) e leptospirose (17 citações). Pelo menos 101 participantes utilizam algum tipo de EPI (Equipamento de Proteção Individual), desses apenas 56 relataram darem orientações a respeito de biossegurança enquanto 14 relataram que não. Do total, 84 relataram terem recebido orientações sobre biossegurança de seus orientadores, enquanto 39 não os receberam. Os mamíferos podem representar riscos para quem os manuseia, pois podem portar agentes patogênicos zoonóticos. A equipe precisa ser vacinada e usar os equipamentos adequados. Os pesquisadores e alunos devem estar conscientes dos riscos a que estão submetidos, além das precauções que devem ser tomadas para se evitar acidentes em trabalho de campo. A biossegurança, os EPIs que devem ser utilizados e os cuidados necessários ao realizar a captura de mamíferos, devem ser sempre abordados, principalmente pelos pesquisadores mais experientes. Esperamos que com a formulação desse questionário, bem como desse trabalho, houvesse a sensibilização dos profissionais da área para o senso crítico de seus atos perante os riscos biológicos do manuseio de mamíferos e suas amostras biológicas seja em campo ou em laboratório, além de fomentar a discussão dos mamíferos como elo de zoonoses.

Palavras-chave

Equipamentos de segurança, raiva, zoonoses, mastozoólogos

Financiamento

FAPERJ/CAPES

Área

Educação Ambiental/Ensino

Autores

Elizabete Captivo Lourenço, Luciana de Moraes Costa, Priscilla Maria Peixoto Patricio