X CONGRESSO BRASILEIRO DE MASTOZOOLOGIA

Dados do Trabalho


TÍTULO

ORIGEM E DISTRIBUIÇAO ANTIMERICA DOS NERVOS DO PLEXO BRAQUIAL EM PREGUIÇA-DE-GARGANTA-MARROM (BRADYPUS VARIEGATUS SCHINZ, 1825) (BRADYPODIDAE, PILOSA)

Resumo

O estudo da morfologia do plexo braquial pode contribuir com informações para compreensão do modo como os animais interagem com seu meio ambiente ou em cativeiro, a partir de sua influência na locomoção dos animais. O objetivo desse estudo foi descrever a origem e a distribuição antimérica dos nervos do plexo braquial e os músculos inervados em Bradypus variegatus. Foram utilizadas 12 preguiças adultas oriundas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e Centro de Reabilitação de Animais Silvestres da Universidade Estácio de Sá doados ao Departamento de Anatomia Animal e Humana da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Os espécimes foram fixados com perfusão de solução de formaldeído a 10%. Os dados foram representados em frequência absoluta e percentual simples. Os plexos braquiais direito e esquerdo derivam os nervos supraescapular dos ramos espinhais ventrais de C8 em 3 antímeros (12,5%) e de C8-C9 em 21 (87,5%); subescapular de C8 em 1 (4,2%), de C8-C9 em 12 (50%), de C8-C9-C10 em 10 (41,7%) e ausência em 1 (4,2%); radial de C8-C9-C10-T1- T2 em 24 (100%); axilar de C8-C9 em 10 (41,7%) e de C8-C9-C10 em 14 (58,3%); mediano de C8 em 1 (4,2%), de C8-C9 em 1 (4,2%) C8-C9-C10-T1-T2 em 22 (91,6%); ulnar de C10-T1-T2 em 1 (4,2%) e T1-T2 em 23 (95,8%) e musculocutâneo de C8 em 1 (4,2%), de C8-C9 em 1 (4,2%) C8-C9-C10-T1-T2 em 22 (91,6%), suprindo a musculatura intrínseca. Já os nervos peitoral cranial dos ramos espinhais ventrais de C8- C9 em 7 antímeros (29,2%), de C8-C9-C10 em 15 (62,5%), de C10-T1-T2 em 1 (4,2%) e ausência em 1 (4,2%); peitoral caudal de C10-T1-T2 em 7 (29,2%), de T1-T2 em 7 (29,2%) e ausência em 10 (41,7%); torácico lateral de C8-C9 em 6 (25%), de C8-C9- C10 em 12 (50%), de C10-T1-T2 em 3 (12,5%) e ausência em 3 (12,5%); torácico longo de C10 em 2 (8,3%) e ausência em 22 (91,6%); toracodorsal de C8-C9-C10 em 2 (8,3%), de C10-T1-T2 em 4 (16,7%), de C10 em 1 (4,2%), de C8-C9-C10-T1-T2 em 11 (45,8%) e ausência em 6 (25%) e tensor da fáscia do antebraço de T1-T2 em 23 (95,8%) e ausência em 1 (4,2%) que suprem a musculatura extrínseca. Ocasionalmente, esses animais podem ser encontrados em centros de triagem e área de reserva ambiental, necessitando de mais aprimoramento por parte dos profissionais que trabalham nesses locais. As informações geradas na presente pesquisa permitem um suporte clínico-cirúrgico e qualificação no manejo desses espécimes de vida selvagem.

Palavras-chave

Anatomia, sistema nervoso, nervos

Financiamento

CNPq e FAPERJ

Área

Anatomia e Morfologia

Autores

Renata Medeiros do Nascimento, Thais Mattos Estruc, Carlos Augusto dos Santos Sousa, Natan da Cruz de Carvalho, Paulo de Souza Junior, Marcelo Abidu Figueiredo