X CONGRESSO BRASILEIRO DE MASTOZOOLOGIA

Dados do Trabalho


TÍTULO

RAIVA EM MOLOSSUS MOLOSSUS (CHIROPTERA: MOLOSSIDAE) EM VITORIA DE SANTO ANTAO, PE

Resumo

<p>Dentre as espécies de morcegos insetívoros, a raiva já foi diagnosticada em 29 espécies no Brasil, entre elas 11 são molossídeos. Esta família possui espécies que são facilmente encontradas em ambientes urbanos formando colônias numerosas instaladas em forros de residências. Além de abrigos nas cidades encontram também uma grande disponibilidade de alimentos. Devido aos hábitos sinantrópicos, de muitas de suas espécies, e a possibilidade de abrigarem o vírus da raiva, há a necessidade de registrar os casos positivos para a doença. Uma vez que a raiva é altamente letal e de difícil cura, até o momento apenas cinco pessoas sobreviveram, duas delas se encontram no Brasil. Muitos trabalhos já encontraram a variante do vírus de morcegos insetívoros em animais domésticos (cães e gatos) bem como em humanos evidenciando assim os cuidados necessários quando se encontra um espécime doente. O presente trabalho vem relatar um caso positivo para o vírus da raiva em morcego insetívoro no município de Vitória de Santo Antão, o município possui uma área de 371,8 km2, localizado a 49 km de distância da capital Recife, suas coordenadas são 8°6’50” de Latitude Sul e 35°17’29” de Longitude Oeste, com uma população estimada em 137.915 habitantes para o ano de 2018. O morcego encontrado era um macho adulto da espécie <em>Molossus molossus</em> (Pallas, 1766), insetívoro de pequeno porte, este foi encontrado no chão de uma rua, na data de 09 de abril de 2018, e enviado para análise no LACEN-PE. Sendo diagnosticado como positivo para raiva através da técnica de imunofluorêscencia. Apesar do animal ter sido encontrado morto, vale salientar que este estava no chão em área comercial de grande movimentação, e pode ter permanecido vivo no local por algum tempo, o que facilitaria a transmissão do vírus caso ocorresse alguma mordedura nos animais domésticos devido a tentativa de predação do morcego por cães ou gatos e a humanos a partir de uma manipulação inadequada. No município, o último caso registrado para raiva foi em 02/2010 em morcego (este não identificado) e nos 20 últimos anos (1999-2018) foram registradas 11 amostras positivas em bovino (04), bubalino (01), canino (5) e morcego (01). Para os municípios limítrofes há registros de raiva em morcegos apenas para Moreno, porém a raiva já foi registrada em outras espécies de mamíferos para todos os municípios que fazem divisa com Vitória de santo Antão, conforme os dados fornecidos pelo LACEN-PE. Como forma de prevenção deve-se buscar meios de desenvolver ações educativas que esclareçam a população de como proceder ao encontrar algum morcego caído no chão ou com comportamentos atípicos, enviar amostras para análise laboratorial e tomar vacina anti-rábica caso agredito ou tenha entrado em contato com morcego.</p>

Palavras-chave

<p>Lyssavirus, Morcego, Urbano, Sinantrópico.</p>

Financiamento

Área

Parasitologia/Epidemiologia

Autores

Jailson Lúcio Santos, Rosângela Margarida Silva, Luiz Augustinho Menezes Silva, José Lindenberg Martins Machado, Marcos Alexandre Barbosa Santana