X CONGRESSO BRASILEIRO DE MASTOZOOLOGIA

Dados do Trabalho


TÍTULO

MORCEGOS DA FAMILIA VESPERTILIONIDAE DE OCORRENCIA NOS BIOMAS CERRADO E AMAZONIA MARANHENSE

Resumo

A família Vespertilionidae pertence a ordem Chiroptera e apresenta cinco gêneros e 28 espécies de morcegos no Brasil, são importantíssimas por serem insetívoras, portanto controladoras de insetos, incluindo espécies prejudiciais as lavouras e ao homem, consequentemente tem um papel essencial no equilíbrio dos ecossistemas. As espécies Lasiurus blossevillii e Lasiurus ega estão na lista de espécies que necessitam de proteção por sofrerem algum grau de ameaça de extinção, neste contexto o presente estudo objetivou identificar as espécies da família Vespertilionidae de ocorrência em fragmentos dos Biomas Cerrado e Amazônia maranhense a fim de subsidiar informações para a sua proteção e conservação. Para tanto fez-se expedições em cinco municípios maranhenses durante três noites consecutivas com duração de seis horas diárias e disposição de seis redes de neblina. Obteve-se o DNA dos morcegos a partir de tecido muscular com o uso do kit Promega, a amplificação do gene COI ocorreu via Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) os produtos da PCR foram sequenciados. As análises morfológicas ocorreram por meio de chaves de identificação específicas e as análises moleculares por plotagem na plataforma BoldSystems e pelos softwares: BIOEDIT 7.0 e MEGA 7.0. Onze sequências quando plotadas na plataforma BoldSystems mostraram similaridades variando de 97,83 a 98,88% para a espécie L. ega; 98,60 a 99,53% para L. blossevillii; 97,00 a 97,29% para Myotis nigricans; 100% para Myotis riparius e 99,82% para Eptesicus furinalis. A divergência genética intraespecífica foi baixa para as quatro espécies amostradas, no entanto a divergência interespecífica variou de 24,4 a 27,1% entre as espécies L. ega e L. blossevillii; 27,8 a 29,5% entre L. ega e M. nigricans; 26,5 a 26,7% entre L. ega e M. riparius; 25,4 a 26,1% entre L. blossevillii e M. nigricans; 26,4 a 26,6% entre L. blossevillii e M. riparius; 15,8 a 16,1% entre M. nigricans e M. riparius. As características morfológicas somadas aos dados moleculares revelaram a ocorrência de quatro unidades taxonômicas para o Cerrado maranhense, sendo estas: L. ega, L. blossevillii, M. nigricans e M. riparius e uma unidade taxonômica para a Amazônia maranhense: E. furinalis.

Palavras-chave

Chiroptera, Extinção, Variabilidade genética

Financiamento

FAPEMA

Área

Genética

Autores

MARIA CLAUDENE BARROS, TIAGO SOUSA REIS, CLEISON LUIS DA SILVA COSTA , Elmary Costa Fraga