Dados do Trabalho


Título

TECNOLOGIA DIGITAL, VOLUNTARIADO, GESTAO E SAUDE UNINDO ESFORÇOS PARA O MONITORAMENTO DE PRIMATAS NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ORGAOS, RJ

Resumo

<p>O SISS-Geo, aplicativo de ciência cidadã para monitorar fauna e epizootias foi desenvolvido pela Fiocruz e lançado em 2014. Em 2015 foi realizada parceria com o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso). Registros de primatas de jan/2014 a jun/2019 foram exportados do banco de dados do SISS-Geo, que identifica espécies e locais de registros e os restringe ao polígono do Parque e 10 km de entorno. Cada registro foi verificado individualmente, validado taxonomicamente e os registros sem fotografia foram excluídos da análise. Num total de 62 registros, Teresópolis é o município que apresenta mais registros (n=45), em sequência Magé (n=9), Guapimirim (n=4) e Petrópolis (n=4). Identificamos espécies em 34 registros: <em>Sapajus nigritus</em> (n=22), <em>Callithrix penicillata</em> (n=6), <em>Brachyteles arachnoides</em> (n=4), <em>Callithrix aurita</em> (n=1) e <em>Alouatta guariba clamitans</em> (n=1). Sete registros foram identificados como <em>Callithrix sp</em>., dos quais seis foram identificados como animais híbridos. A qualidade das imagens impediu identificar 15 registros. O ano com mais registros foi 2017 (n=19), quando equipes do Parnaso e Fiocruz mobilizaram colaboradores em virtude dos surtos de febre amarela. Seis primatas foram registrados mortos: A. guariba clamitans, <em>S. nigritus, C. sp., C. híbrido </em>e<em> C. penicillata</em>. Destes, quatro ocorreram em 2017 e dois em 2018 e acionaram o alerta automático do SISS-Geo para as autoridades sanitárias estaduais, municipais e gestão do Parnaso. Não houve diagnóstico positivo para febre amarela no Parnaso. Não foram registrados indivíduos de <em>Leontopithecus rosalia,</em> espécie que ocorre em Magé. Os resultados apontam ações conjuntas entre registros dos colaboradores, especialmente por serem georreferenciados, gestores ambientais e de saúde. Realizar oficinas com comunidades locais do entorno e com a equipe de voluntários do Parnaso é importante estratégia para melhorar a qualidade dos registros, a quantidade e a área monitorada.</p>

Financiamento

<p>Fiocruz/CNPq.</p>

Palavras-chave

<p>colaboradores; febre amarela; SISS-Geo.</p>

Área

Área 3 - Manejo e Conservação

Autores

Olga Bruna Carmo , Jorge Luiz Nascimento, Marcia Chame