Dados do Trabalho


Título

RUPTURA DE LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL EM SAUA

Resumo

<p>A ruptura do ligamento cruzado cranial (LCC) é classificada como principal moléstia do joelho em animais domésticos e silvestres. São descritas duas formas para esta injúria: a aguda e a crônica. A forma aguda está geralmente relacionada a traumas, enquanto a crônica está relacionada a fatores predisponentes tais como idade avançada, pouco uso do membro, ou anomalias ortopédicas. O objetivo do presente estudo é descrever o uso de prótese de nylon na ruptura deste ligamento em Sauá de vida livre. Um Sauá foi encaminhado pelo IBAMA/MG à clínica veterinária Cães e Amigos em Belo Horizonte/MG com suspeita de fratura do membro posterior direito decorrente de possível trauma. Ao exame radiológico verificou-se a ruptura completa do LCC. O animal foi imediatamente encaminhado ao centro cirúrgico para a reposicionamento da articulação fêmuro-tíbio-patelar (FTP). Por ser um animal da fauna e de vida livre, não foi possível mensurar o tempo da lesão até o socorro médico, porém acredita-se que a lesão tinha de uma a duas semanas. A técnica cirúrgica utilizada consistiu na exposição da articulação FTP, seguida de exposição dos côndilos distais do fêmur nos quais foram realizadas três perfurações utilizando-se de broca cirúrgica de 1,5mm de diâmetro. As perfurações foram realizadas para aberturas de canais a fim de fixar a prótese. Procedimento semelhante à elaboração dos canais foi realizado na estrutura proximal da tíbia. Fio de sutura de nylon de 8mm foi passado nos canais de forma a exercer a função do LCC. A patela foi suturada na posição anatômica por meio de fio de sutura não absorvível (nylon 2.0) entre o ligamento patelar e a fíbula. A capsula articular da articulação e a pele foram também suturadas com nylon. O animal foi mantido em absoluto repouso, por 20 dias (apenas troca de curativos). Após o período iniciou-se a fisioterapia, que durou em média 30 dias, sendo realizado já com o proprietário, onde inviabilizou o acompanhamento da evolução do animal após o procedimento realizado. A prótese de nylon foi eficaz na reparação da ruptura de LCC neste primata. Por ser inerte e resistente, conseguiu impedir o deslocamento cranial da tíbia, a rotação interna excessiva e a hiperextensão articular, promovendo assim a estabilidade da articulação.</p>

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Financiamento

Palavras-chave

<p>Ruptura;Sauá;fêmur</p>

Área

Área 8 - Outros

Autores

Marcos Mourão