Dados do Trabalho


Título/Title/Titulo

MEMBRANAS POLIMÉRICAS MICROESTRUTURADAS E CONDUTORAS PARA APLICAÇÃO NA ENGENHARIA DE TECIDOS

Introdução/Introduction/Introdución

O controle morfológico e elétrico no desenvolvimento de biomateriais é fundamental para aplicações na Engenharia de Tecidos (ET). Destaca-se o uso dos polímeros biodegradáveis no desenvolvimento de novos suportes (scaffolds) para ET, pois permitem, principalmente, variar a taxa de degradação dos scaffolds. Os polímeros condutores, por exemplo, o polipirrol (PPy), estão sendo explorados na área médica, além de apresentar biocompatibilidade, devido à sua natureza condutora que permite que células ou tecidos cultivados sobre eles sejam estimulados através da aplicação de um sinal elétrico.

Objetivos - Metodologia - Resultados - Discussão dos Resultados/Objectives - Methodology - Results - Discussion of Results/Objetivos - Metodología - Resultados - Discusión de los resultados

O objetivo é preparar membranas de policaprolactona (PCL), poli(ácido láctico-co-glicólico) (PLGA) e polipirrol (PPy) para atuarem como suportes na ET. Previamente, PPy é sintetizado via polimerização química oxidativa do pirrol (Py) na presença de agentes dopante (ácido p-toluenossulfônico) e oxidante (cloreto férrico). As razões molares utilizadas foram de [1]:[4]:[1,7] entre [Py]:[dopante]:[oxidante], respectivamente, em solução aquosa. Membranas poliméricas com diferentes razões (m/m%) entre PCL/PLGA (100/0, 90/10, 80/20, 70/30, 0/100) foram preparadas por evaporação do solvente utilizando molde microestruturado com canais longitudinais de 5, 10, 15 e 20 µm de largura e altura constante (25 µm). Compósitos microestruturados (PCL/PLGA/PPy) foram preparados pela adição de 10% (m/m) do PPy. A morfologia e a condutividade elétrica (CE) das amostras foram caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura com emissão de campo (MEV-FEG) e método 4 ou 2 pontas. A molhabilidade das membranas foi determina pelo ângulo de contato do espalhamento de uma gota de água sobre a superfície sólida com as microestruturas. O PPy apresentou morfologia de fibras com diâmetro de 391 ± 21 nm (média ± desvio padrão) e CE de semicondutor (10-2 S/cm). No geral obteve-se membranas com canais de 5,14±0,69, 9,79±1,04, 14,02±0,87 e 19,28±1,19 µm (média ± desvio padrão) e ângulos de contato com a água de 86º±6,8°, 89°±5,4°, 79°±4,4° e 90°±8,2° (média ± desvio padrão), respectivamente. As membranas puras de PCL e PLGA e suas blendas (PCL/PLGA) são isolantes (10-14 - 10-10 S/cm), enquanto seus compósitos apresentaram-se como semicondutores (10-7 - 10-3 S/cm). A adição do PPy nas membranas poliméricas favoreceu a obtenção de material com melhores propriedades elétricas, além de não alterar, significativamente, a formação estrutural dos canais microestruturados e a hidrofilicidade da superfície das membranas, independentemente do tamanho da estrutura.

Considerações Finais/Final considerations/Consideraciones finales

Os compósitos microestruturados são sugestões de scaffolds para culturas celulares que precisam de aplicação de estímulos elétricos, pois além das microestruturas para orientar o crescimento das células, a presença do polímero condutor pode ajudar a modular as atividades celulares, como adesão celular, proliferação e diferenciação através do uso de estímulos elétricos.

Palavras-chave/Key words/Palabras clave

Microestruturas, PLGA, PCL, Polipirrol, estímulos

Área

Biomaterials

Autores

CRISTHIANE ALVIM VALENTE, Pedro Henrique Ferreira Tondo, Bruna Sgarioni, Sarah Andressa Moretto Santos, José Antônio Malmonge, Ricardo Meurer Papaléo, Nara Regina de Souza Basso