Dados do Trabalho

Título

A divulgação científica em mídias on-line como ferramenta para conservação dos primatas não humanos brasileiros

Corpo do texto

A falta de diálogo entre a comunidade científica e o público leigo tem sido indicada como uma das principais causas do distanciamento entre a ciência e o cotidiano da sociedade. Este estudo objetivou analisar o Instagram como meio de divulgação científica acerca do conhecimento sobre os primatas não humanos brasileiros. Os métodos adotados para desenvolver este trabalho foram os seguintes: a) identificação dos perfis sobre primatas no Instagram; b) produção de conteúdos; c) uso de métricas para verificar o alcance de cada postagem; d) levantamento bibliográfico na base Scopus no período de 2010 a 2021, usando as palavras divulgação, primatologia e Brasil. No perfil do Projeto Primatas da UEA foram produzidos 41 posts em um ano. Os conteúdos foram criados e debatidos internamente para posterior publicação. No período de agosto de 2022 a julho de 2023 observou-se que as postagens mais curtidas foram: Porque não devemos alimentar os primatas? (323), Como saber se você é dono de PET? (320) e Nova espécie de primata descrita (300), sendo estas as que tiveram mais comentários, compartilhamentos e alcance, de seguidores e não seguidores. Em relação as séries que mais se destacaram foram sobre Crimes Ambientais (média: 177), seguida de Que Mico é esse (média: 159,45) e de Dicas de Leitura (média 126,89). Sobre o levantamento feito dos principais atores da divulgação científica da primatologia no Instagram foram identificados quatro perfis de acordo com os critérios adotados. Não foram encontrados trabalhos que relacionem o uso de redes sociais como forma de divulgar os primatas brasileiros, somente um fora da base Scopus. Os dados apontam que os conteúdos que promovem reflexão, instigam a curiosidade e os vídeos são os que lideram o engajamento, além de reforçar que o Instagram, de fato, é uma ferramenta com grande potencial de divulgação científica para fins de educação ambiental e conservação.

Financiadores

Fundação de Amparo a Pesquisas do Estado do Amazonas (FAPEAM)

Palavras-chave

Popularização científica; Primatologia; Redes Sociais