11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

ExpoGramado – Centro de Feiras e Eventos - Gramado /RS | 30 de agosto a 02 de setembro de 2017

Dados do Trabalho


Título

O ATENDIMENTO PSICOLÓGICO NA TERMINALIDADE

Resumo

Introdução: O homem apresenta certa recusa ao pensar na inevitabilidade da finitude. Tal recusa, entretanto, é posta em xeque diante do diagnóstico de uma doença potencialmente fatal (CAPELLO, VELOSA, SALOTI e GUIMARÃES, 2012). Ao defrontar-se com o adoecimento severo e consequente caminhada à terminalidade, questões emocionais tanto da pessoa, quanto de sua família surgem e, por isso, o apoio psicológico torna-se fundamental (KÜBLER-ROSS, 2002). Na fase final da vida o tratamento é paliativo, tornando o processo emocionalmente intenso para os envolvidos. Negação, raiva, depressão, isolamento, agressividade e o medo da morte são algumas das muitas emoções desta fase. A intervenção é baseada na promoção de uma melhor qualidade de vida para o paciente e sua família, identificando e abordando as dificuldades psicológicas e sociais que surgem. Objetivos: Destacar a relevância do acompanhamento psicológico aos pacientes terminais hospitalizados, bem como ressaltar a necessidade de uma abordagem multiprofissional, que promova a visão integral do ser. Metodologia: A metodologia deu-se a partir da análise das evoluções dos atendimentos realizados aos pacientes terminais, pelo Serviço de Psicologia Clínica do Hospital Santa Cruz, entre julho de 2016 e abril de 2017. Resultados: A pessoa que adoece precisa de apoio emocional para enfrentar este momento doloroso, sendo a rede familiar e os profissionais de saúde envolvidos elementos fundamentais. A humanização do processo de morrer é uma condição que deveria estar enraizada nas instituições de saúde. Percebe-se que nos casos clínicos em que a equipe multiprofissional trabalha em parceria e o acompanhamento psicológico dá-se em todas as suas esferas (paciente, família e equipe), há uma condução mais adequada dos modelos de enfrentamento diante da morte, podendo desencadear num luto menos traumático. Discussão: Boemer (2009) afirma que os cuidados paliativos englobam um amplo programa interdisciplinar de assistência aos pacientes com doenças avançadas e terminais, buscando aliviar seus sintomas mais estressantes. Eles podem ser definidos como cuidados ativos e totais da pessoa cuja doença não responde mais ao tratamento curativo. O acompanhamento psicológico a esses pacientes tem facilitado a transmissão do diagnóstico, a aceitação dos tratamentos supracitados, o alívio dos efeitos secundários e também a obtenção de uma melhor qualidade de vida e qualidade de morte. Considerações finais: Fica evidente a contribuição da psicologia no suporte e enfrentamento da doença terminal. O profissional não pode mais manter uma visão estreita de sua intervenção. Dependendo do prognóstico e do quadro clínico do paciente, a equipe precisa estar preparada para um possível óbito, dando o suporte necessário àqueles que sofrem com a situação.



Referências Bibliográficas

BOEMER, M.R. Sobre Cuidados Paliativos.Revista da Escola de Enfermagem da USP, vol.43 n.3 São Paulo Set. 2009. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342009000300001>. Acesso: 20/06/2013.
CAPELLO,E.M.C.S; VELOSA, M.V.M, SALOTTI, S.R.A, GUIMARÃES, H.C.Q.C.P. Enfrentamento do paciente oncológico e do familiar/cuidador frente à terminalidade de vida. J Health Sci Inst., 2012. p. 235-240.
KÜBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

Área

1. Cuidados em Saúde nos Ciclos da Vida - 1.3 Morte e Processo de Luto

Autores

Carolina Schunke de Almeida