11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

ExpoGramado – Centro de Feiras e Eventos - Gramado /RS | 30 de agosto a 02 de setembro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Neuropsicologia nos Transtornos Específicos de Aprendizagem

Resumo

O estudo das relações entre a cognição, o comportamento e o Sistema Nervoso Central (SNC) fazem parte da Neuropsicologia, uma área das Neurociências que atuam na avaliação e reabilitação neuropsicológica (Miotto, 2016). Na presença de uma deficiência na capacidade de uma criança de perceber ou processar informações de forma eficiente e precisa, pode-se estar falando de uma dificuldade de aprendizagem ou um Transtorno de Aprendizagem. A primeira é um termo usual que abrange um grupo heterogêneo de problemas capazes de alterar as possibilidades da criança aprender independente das suas condições neurológicas. Ela é um déficit na aprendizagem escolar, associada a diversos fatores (Moojen & França, 2016). Enquanto que Transtorno de Aprendizagem tem o uso restrito para as dificuldades primárias ou específicas que a criança tem em detrimento de alterações do SNC e que são capazes de comprometer o desenvolvimento desta. Dessa forma, o TA é um déficit persistente, que mesmo com uma intervenção e melhora, continuará funcionando abaixo da média do esperado pelo perfil neuropsicológico como um todo. Os TAs compreendem uma inabilidade específica, como de linguagem oral (Distúrbio Específico da Linguagem), de escrita (Disgrafia ou Distúrbio da Escrita), de matemática (Discalculia), da dificuldade do reconhecimento da palavra (Dislexia) e de habilidades não-verbal da aprendizagem (Habilidades Não-Verbais) (Rotta & Pedroso, 2016). Esse estudo objetivou descrever o perfil neuropsicológico de crianças e adultos com Transtornos Específicos de Aprendizagem ilustrando tal processo com estudo de caso. O praticante é do sexo feminino, 9 anos, cursando o 4 ano do ensino fundamental encaminhado a avaliação neuropsicológica com queixas de dificuldade de aprendizado. Assim, como esperado na literatura, tal criança apresentou prejuízos na consciência fonológica, memória semântica e operacional tanto na alça fonológica como esboço visuoespacial. Diante desses déficits cognitivos, tal estudo justifica-se pela necessidade da realização de avaliação neuropsicológica em indivíduos com Transtorno de Aprendizagem, visto que esse recurso consegue identificar os prejuízos e as potencialidades.


Referências Bibliográficas

Miotto, E. (2016) O uso do exame neuropsicológico para estruturar uma intervenção. In In L. F. Malloy-Diniz, D. Fuentes, P. Mattos & N. Abreu. (Orgs).Neuropsicologia: aplicações clínicas. (Capítulo 14). Porto Alegre: ArtMed.

Moojen, S & França, M. P. (2016) Dislexia: Visão Fonoaudiológica e psicopedagógica. In N. T. Rotta, L. Ohlweiler & R. dos S. Riesgo (Orgs.). Transtorno da Aprendizagem. Abordagem neurobiológica e multidisciplinar. (Capítulo 12, pp. 148-160) Porto Alegre: ArtMed

Rotta, N. T. & Pedroso F. S. (2016) Transtorno da Linguagem Escrita: Dislexia. In N. T. Rotta, L. Ohlweiler & R. dos S. Riesgo (Orgs.). Transtorno da Aprendizagem. Abordagem neurobiológica e multidisciplinar. (Capítulo 11, pp 133 - 147) Porto Alegre: ArtMed

Área

3. Intervenções Psicológicas na Rede de Atenção à Saúde - 3.6 Neuropsicologia

Instituições

PUC GO - Goiás - Brasil

Autores

Sarah Cassimiro Marques, Jalles Marçal Pereira Reis