Impacto do diagnóstico e controle do tratamento de HIV+ em jovens adultos
Em meados da década de 80 foi identificado um número elevado de pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS. Porém, não se sabe ao certo a origem do vírus, mas compreende-se que esteve presente em primatas não humanos. Este vírus pode ser transmitido de várias formas, como por exemplo: sanguínea, vertical (que podem ser por meio de drogas injetáveis e sexual). A assistência de pessoas infectadas iniciou nos anos de 1996, havendo a distribuição universal e gratuita de antirretrovirais para pessoas de todo o país. Com isso, teve uma significativa redução na taxa de mortes causadas pelo vírus. A qualidade de vida das pessoas melhorou, mas ainda hoje muitas pessoas são contaminadas pelo vírus ao longo do tempo. O presente estudo fez parte do laboratório da disciplina Psicologia da Saúde e Hospitalar, no qual os pesquisadores escolheram a Clínica Médica de doenças infectocontagiosas como objeto de estudo, especificamente o HIV+ em jovens adultos. Pois percebe-se a necessidade de um aprofundamento no tema, com pesquisas mais recentes para obter-se conhecimento da realidade dos sujeitos que a vivencia. Objetivos Primários foram: Buscar compreender o impacto do diagnóstico de HIV+ em jovens adultos e o controle do tratamento. Objetivos Secundários: Identificar e descrever o significado da doença para o sujeito que a vivencia, compreender os sentimentos, as angústias e as mudanças que ocorrem com o paciente diagnosticado com HIV+ e identificar a partir do processo do tratamento as mudanças físicas e impactos psicológicos na vida do sujeito. Foi realizado uma revisão sistemática da literatura. A busca foi realizada de agosto de 2016 a outubro de 2016, em Bases de Dados Científicas (Portal da CAPES, BVS, Scielo. Fez-se o levantamento de três pesquisas, para análise e contextualização dos resultados nelas encontrados para compressão do impacto do diagnóstico. Os resultados apontaram que os sujeitos das pesquisas quando obtém um suporte adequado e principalmente no aspecto social, tem-se em seu processo uma adesão ao tratamento mais eficaz. Os participantes das pesquisas tinham idades diferentes na primeira era a partir dos 18, na segunda era de 30 a 50 anos e na terceira não especifica, porém, a forma de vivenciar a doença foi semelhante entre os relatos. Percebe-se que diante das modificações, encarar a vida social torna-se um problema diante das mudanças corporais, do preconceito existente na sociedade, do apoio ou não da família, do verbalizar ou não sobre o vírus e o tratamento com a família e amigos. Percebe-se ainda a importância da adesão de um acompanhamento psicológico para auxiliar nas estratégias de enfrentamento da doença, a nível social (relacionamento afetivo, círculo de amizades) e qualquer outra inserção social. Dessa forma, uma vez que o diagnóstico é comprovado para os pacientes jovens adultos, é necessário fazer um acompanhamento geral para o tratamento. É de extrema importância estudos futuros que investigue a vivência da doença para a pessoa infectada e a avaliação das circunstâncias e da reação frente às novas etapas que se seguiram após o diagnóstico.
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