11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

ExpoGramado – Centro de Feiras e Eventos - Gramado /RS | 30 de agosto a 02 de setembro de 2017

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO BÁSICO EM PSICOLOGIA: A ESCUTA COMPREENSIVA NO HOSPITAL GERAL

Resumo

Introdução: A Psicologia Hospitalar tem a finalidade de contribuir com a difícil travessia da hospitalização, sendo cheia de sentimentos e fantasias. No entanto, em alguns hospitais gerais há grande rotatividade de pacientes, não permitindo o modelo de atendimento continuo e semanal. Desta forma, o psicólogo dentro do hospital, pode trabalhar com a filosofia da escuta compreensiva, proporcionando um ambiente acolhedor para o paciente, sustentando o respeito e os interesses do mesmo, a partir de um diálogo aberto com perguntas gerais. A escuta compreensiva pode ressignificar o processo de adoecimento e hospitalização, enfatizando o trabalho do psicólogo hospitalar no “desejo do paciente, não com a cura”. Desta maneira, o estágio básico em psicologia hospitalar, aqui proposto, tem como intuito proporcionar a experiência profissional, fazendo a diferença para os pacientes hospitalizados e seus familiares, proporcionando certo apoio emocional. Objetivo Geral: Apresentar o relato do estágio básico em psicologia hospitalar, utilizando a escuta compreensiva como aspecto da humanização no atendimento aos pacientes hospitalizados. Método: Foi realizado o acolhimento psicológico, nos quartos de um hospital geral do interior do estado de São Paulo, baseando-se na prática da escuta compreensiva. O trabalho foi realizado por três alunos do 4º ano de psicologia através da Faculdade Integrada de Jaú – FIJ, e faz parte da disciplina de estágio básico em psicologia comunitária e ou/ institucional. As visitas foram realizadas nas quartas-feiras e sábados, com duração de 2 horas diárias, somando um total de 20 horas semestrais, totalizando 40 horas no ano de 2016. Os estagiários visitaram alguns leitos do hospital, e o paciente teve a liberdade de aceitar ou não o acolhimento, fator este que colaborou com o processo de autonomia do sujeito hospitalizado. RESULTADOS: Os estagiários abordaram diversas pessoas que se encontravam fragilizadas mediante a hospitalização de um ente querido ou de si próprio, sendo que, cada ser reagiu de uma forma especifica devido a singularidade de cada pessoa. As mulheres foram quem mais relatavam seus medos e angústias diante da hospitalização, bem como se abriam mais ao choro. Já os pacientes que mais levantaram a fala, relatando em muitas vezes suas histórias de vida, foram os idosos e as mães que acompanhavam seus filhos na pediatria, e os pacientes que menos desejaram o acolhimento dos estagiários, foram os homens da ala particular. A atividade de escuta e acolhimento colocou os estagiários, muitas vezes, em situações desconfortáveis, no entanto o estágio propôs uma vasta experiência na área hospitalar aos mesmos. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: A prática da escuta ativa surtiu bons resultados para os pacientes hospitalizados, bem como para seus acompanhantes, de modo que, no relato das pessoas que foram alvo desta prática, foi possível constatar uma melhora nos sentimentos que os afligiam naquele momento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que a prática da escuta compreensiva se faz necessária e mostra resultados na hospitalização como forma de acolhimento diante da alta rotatividade.

Referências Bibliográficas

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Área

5. Novas Tecnologias, Gestão e Formação em Psicologia Hospitalar e da Saúde - 5.4 Implantação de Serviços de Psicologia no Hospital Geral

Instituições

Faculdades Integradas de Jaú - FIJ - São Paulo - Brasil

Autores

Helena Trevisanuto Lucatto, Matheus Rodrigues Ribeiro, Maria Renata Coelho Machado Vaz Pinto, Sandra Correa Nunes