Título

PSICOLOGIA HOSPITAR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE DOURADOS – MS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Resumo

Érica Aparecida Delbon Pires1; Maria Janete dos Santos Figueiredo¹ ; Elenita Sureke Abilio2; Silviane Krokosz 3
1Acadêmicas do 9º semestre de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Dourados; Email:erica_delbon@hotmail.com. Relator , 2 Docente do Curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Dourados, Mestre em Ensino em Saúde pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Email:elenita.sureke@aedu.com. 3 Docente do Curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Dourados, Psicóloga Hospitalar e Especialista em Gestão em Saúde Pública.


Apresentação: No Brasil a prática em psicologia hospitalar precedeu a teoria, na oportunidade se reviu o instrumental teórico e prático da época, questionando principalmente o setting terapêutico, a relação terapêutica e as técnicas que atendessem um ambiente com demandas tão singulares como o hospital. Hoje a atuação do psicólogo no hospital, faz-se inserido em uma equipe multiprofissional, é bastante amplo, complexo e ocorre em diferentes contextos, pautando-se nas resoluções 007/2003, 001/2009 e 013/2007 do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Objetivos: Relatar os desafios experienciados, o desenvolvimento e desdobramentos das atividades de estágio em Psicologia Hospitalar, em uma unidade de referência em Urgência e Emergência na cidade de Dourados-MS. Metodologia: Relato de experiência das atividades do estágio curricular em Psicologia Hospitalar, após participação nas atividades assistenciais, da análise de diários de campo, dos levantamentos bibliográficos e supervisões das atividades. Resultados: Observou-se nas práticas assistenciais os desafios dos atendimentos dispensados não apenas ao paciente, mas também a sua família e a equipe de saúde. A necessidade de desvencilhar-se dos padrões de atendimento clínico tradicional, principalmente no que se refere à espacialidade e à temporalidade. E a constante busca de estabelecimento de relações com a equipe de assistência, com o objetivo de afastar-se do modelo biomédico até então instalado. Discussão dos Resultados: No contexto hospitalar o profissional de psicologia irá atuar de acordo com a queixa apresentada pelo paciente/familiar ou pela equipe. As técnicas utilizadas serão definidas a partir de algumas particularidades como, por exemplo: a causa da internação, o tempo de internação, o tipo de procedimento e as relações interpessoais estabelecidas naquele contexto. Partindo do modelo assistencial atribuído pelo SUS e do movimento de humanização da atenção e da gestão no campo da saúde, é possível observar a Psicologia Hospitalar como contribuinte em se tratando de pensar na importância da família na produção de vida no processo de recuperação do paciente. Considerações Finais: Inserir-se na prática assistencial, por meio do estágio curricular proporcionou uma análise reflexiva sobre a subjetividade dos usuários, a despersonalização do paciente no processo de internação, e a necessidade de rever os conceitos de setting terapêutico, acolhimento e inclusão da família no tratamento e recuperação do paciente. O psicólogo hospitalar atua com multiplicidade de recursos teóricos e técnicos, fundamentando seu atendimento na tríade paciente-família e equipe, o que possibilita fomentar mudanças do olhar biomédico para um olhar biopsicossocial sobre o sujeito e envolver toda rede de atenção à saúde, em um contexto inter-diciplinar e multiprofissional.

Referências Bibliográficas

CAMON, Valdemar Augusto; TRUCHARTE, Fernanda Alves Rodrigues; KNIJNIK, Rosa Berger; SEBASTIANI, Ricardo Werner. Psicologia Hospitalar – Teoria e Prática. Revista e ampliada, São Paulo. Cengage 2010.

REVISE, Revista Integrativa em Saúde e Educação A Psicologia (no contexto) Hospitalar segundo o Conselho Federal de Psicologia e a literatura atual, 2011. Disponível em: <www.ufrb.edu.br/revise>. Acesso em 28 de agosto, 2015.

MERHY, Emerson Elias & FRANCO Túlio Batista. Por uma Composição Técnica do Trabalho Centrada no Campo Relacional e Nas Tecnologias Leves 2003.

Área

2. Universalidade, Equidade e Integralidade em Saúde - 2.2 Interdisciplinaridade na Formação e Atuação Profissional