Título

ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL A FAMILIARES DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Resumo

Maria Janete dos Santos Figueiredo¹; Érica Aparecida Delbon Pires1; Silviane Krokosz2

1Acadêmicas do 9º semestre de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Dourados; Email:janetefigueiredo952@gmail.com. Relator , 2 Psicóloga Hospitalar, Docente do Curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Dourados e Especialista em Gestão em Saúde Pública.
Introdução: De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos uma parcela significativa da população mundial morre de doenças crônicas em um período terminal de poucos meses ou semanas e os hospitais, da forma como o conhecemos, raramente estão preparados para tratar e cuidar do sofrimento do paciente e de seus familiares nessas condições. Auxilia-los, mantendo-os bem informados sobre a doença, com apoio e orientação quanto aos cuidados a serem prestados, não apenas diminui a ansiedade dos mesmos, mas também os aproxima da equipe profissional, criando uma atmosfera de confiança e segurança. Entretanto lidar com tais perdas em um ambiente no qual predomina a cura ou prevenção da doença, como é o ambiente hospitalar, é um desafio que poucos profissionais da área da saúde se propõem a discutir. Objetivos: Apresentar o desenvolvimento e desdobramentos das atividades de uma equipe multiprofissional, constituída por psicólogo, enfermeiro e nutricionista, nos cuidados ao paciente e seus familiares, em um caso de Cuidados Paliativos (CP). Metodologia: Relato das experiências da psicologia e observações após participação nas atividades assistenciais na Unidade de Terapia Intensiva para Doenças Crônicas Degenerativas e Unidade de Clinica Médica. Resultados: A partir do desenrolar das atividades da assistência nos CP foi possível observar que o desafio da psicologia consiste, entre outras coisas, em: Atender as demandas emocionais não apenas do paciente, mas também de seus familiares e da equipe envolvida na assistência. Desvencilhar-se dos padrões de atendimento clínico tradicional. Atentar a equipe para a não despersonalização do paciente. Discussão dos Resultados: Muito ainda há para ser feito no contexto hospitalar para a efetiva implementação dos Cuidados Paliativos por equipes multiprofissionais: Rodas de conversas entre a equipe envolvida na assistência e/ ou familiares para a aceitação da evolução natural da doença; integração dos aspectos clínicos com os aspectos psicológicos, sociais e espirituais; estímulo à independência do paciente, permitindo-lhe viver de maneira ativa até sua a morte; consideração de que essa fase da vida pode encerrar momentos de reconciliação e crescimento pessoal; Favorecimento de uma morte digna, com o mínimo estresse possível. Considerações Finais: pouco a pouco os CP veem sendo discutido e a assistência integral ao paciente terminal vai tornando-se mais familiar aos olhos da equipe; mas alguns desafios ainda existem e precisam ser discutidos com profissionais e familiares na busca de assegurar direitos: a informação, assistência integral, intimidade e privacidade, e assistência ao luto da família e da equipe.

Referências Bibliográficas

MACIEL, Maria Goretti Sales; et al. Critérios de qualidade para os cuidados paliativos no Brasil. Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Rio de Janeiro: Diagraphic, 2006.