11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

ExpoGramado – Centro de Feiras e Eventos - Gramado /RS | 30 de agosto a 02 de setembro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Protocolo de Reabilitação de Pessoas Amputadas: Parâmetros Gerais para Atuação Hospitalar

Resumo

No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente 49 mil pessoas foram submetidas a um procedimento de amputação somente no ano de 2011. Nos Estados Unidos, estima-se que três milhões e 600 mil pessoas sofrerão a perda de um membro até 2050. No contexto nacional de cuidados, a Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação vem sendo reconhecida como referência na área de reabilitação, inclusive no que concerne ao acompanhamento em casos de pessoas amputadas. Diante disso, o presente trabalho propõe descrever o protocolo desenvolvido pela Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação na assistência a esses pacientes. Considerando os diversos comprometimentos decorrentes, é indispensável um acompanhamento multiprofissional organizado por uma equipe interdisciplinar de reabilitação. De fato, é importante que a retirada de um membro (por doença ou traumatismo) não seja percebida como uma mutilação, mas sim como procedimento cirúrgico reconstrutivo que poderá contribuir para uma melhor qualidade de vida do usuário e sua reinserção na esfera psicossocial. Para tanto, uma gama de cuidados é necessária ao longo das etapas de atendimento: a) Pré-Amputação - visa implementar ações psicoeducativas voltadas para a tomada de decisão, familiarização do paciente e de sua rede social de apoio com a equipe de saúde, orientação sobre próteses e fases subsequentes da reabilitação; b) Pós-Amputação Imediata - objetiva favorecer o uso da prótese ‘imediata’, aliviar a dor, preparar o paciente para ‘vivenciar o coto de amputação’, estimular a saída do leito e reinício da marcha; promover a aceitação da imagem corporal, orientar os familiares e instaurar requisitos básicos para dar seguimento ao processo de reabilitação; e c) Pós-Amputação Avançada: tem como meta principal a confecção e o uso de uma prótese adequada às necessidades do indivíduo. Nessa etapa, almeja-se, também, incentivar a independência e a autonomia do paciente, oferecendo-se um programa de reabilitação planejado e sistematicamente avaliado no âmbito de uma Equipe Multiprofissional de cuidados, na qual o profissional da área de Psicologia participa integralmente dos cuidados. Estudos vêm sendo empreendidos nas unidades especializadas da Rede, com o intuito de aprimorar os serviços e garantir uma capacitação interdisciplinar.

Referências Bibliográficas

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à pessoa amputada (2013) Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 1ed. 36p.
Ziegler-Graham, K., MacKenzie, E. J., Ephraim, P. L., Travison, T. G., Brookmeyer, R. (2008) Estimating the prevalence of limb loss in the United States: 2005 to 2050. Arch Phys Med Rehabil, 89.

Área

2. Universalidade, Equidade e Integralidade em Saúde - 2.2 Interdisciplinaridade na Formação e Atuação Profissional

Autores

Juliana Fákir Naves, Denise Regina Matos, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de Araujo