11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

ExpoGramado – Centro de Feiras e Eventos - Gramado /RS | 30 de agosto a 02 de setembro de 2017

Dados do Trabalho


Título

A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE NOS CUIDADOS PROLONGADOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Resumo

A modalidade Cuidados Prolongados caracterizada na Portaria Nº 2.809, de 7 de dezembro de 2012 têm o intuito de proporcionar a melhora da capacidade funcional e emocional do paciente, que necessitam de reabilitação ou adaptação a sequelas decorrentes de processo clínico, cirúrgico ou traumatológico. Além de oferecer atenção á família, sendo está integrada ao tratamento reabilitador e preparada para prover o retorno do usuário ao domicílio. Nas equipes multidisciplinares existe uma inter-relação entre os diferentes profissionais envolvidos, os quais devem considerar o doente como um todo, numa atitude humanizada e uma abordagem mais ampla e resolutiva do cuidado (Saraiva, 2015). O objetivo do trabalho é relatar as observações do trabalho de uma equipe multidisciplinar de uma Unidade de Cuidados Prolongados de um município do interior do estado de São Paulo. Esta equipe é composta por: assistente social, psicóloga, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, nutricionista, médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos em enfermagem. O público atendido pela equipe eram pacientes idosos que apresentaram fraturas no fêmur, quadril, AVC (acidente vascular cerebral), úlceras e demência. As observações deste trabalho aconteceram no período de um mês (janeiro de 2017), com frequências duas vezes na semana e duração de quatro horas por dia. O total de pacientes observados foram 35 com faixa etária 52 a 91 anos de ambos os sexos. Os resultados encontrados foram a percepção da importância da equipe multidisciplinar para restabelecimento total do paciente, foram observados vários aspectos positivos da equipe como: realização de reuniões para discussão de casos, conexão dos saberes, divisão dos trabalhos, comunicação e reuniões com os familiares, preparação dos pacientes e familiares ao retorno para casa, melhor adaptação as limitações ocasionadas pelo problema de saúde. Segundo Pinho (2006), a incorporação deste modelo multidisciplinar no atendimento em saúde capacita o profissional a ter uma percepção mais abrangente, dinâmica, complementar, integrada e humanizada, tornando-o numa realidade insofismável e necessária em todos os espaços onde se praticam ações que visam melhorar a qualidade de saúde e de vida das populações. O trabalho em equipe se mostra extremamente importante, pois os profissionais se complementam com a finalidade de proporcionar uma recuperação da saúde e o bem-estar do paciente, com isto foi observado nos pacientes com diagnostico de AVC que apresentaram uma melhora significativa de movimentos e melhor autonomia frente ao problema de saúde, foi observado que todos os profissionais se apresentavam participativos para promover as mudanças, visando atenção integral a saúde. A este propósito, Nogueira (2004) salienta que é essencial que todos os profissionais reconheçam o papel e a importância dos outros, para que seja possível trabalhar no seio destas equipes. Em suma, foi possível concluir a importância da equipe multidisciplinar nos cuidados prolongados, com um olhar biopsicossocial ao indivíduo, visando uma melhoria nos serviços prestados, com um olhar mais integrado ao paciente e família proporcionando uma melhor recuperação. Esta experiência possibilitou conhecimentos significativos relativos ao trabalho em equipe e ao cuidado biopsicossocial aos pacientes e familiares com problemas de saúde, tornando enriquecedor para aprendizado.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n° 2.809 de 7 de dezembro de 2012 . Estabelece a organização dos Cuidados Prolongados para retaguarda à Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) e às demais Redes Temáticas de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil. Disponível em:. Acesso em : 10 jan 2017.

SARAIVA, DORA MARIA FONSESCA. Inter-relação entre os diferentes profissionais envolvidos: A importância das equipes multidisciplinares. 2015. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2017.

NOGUEIRA, J. (2004) – A gestão da doença crônica com o desafio dos custos. Revista Saúde, (2).

PINHO, M. (2006). Trabalho em Equipe de Saúde: limites e possibilidades de actuação eficaz. Revista Ciência e Cognição, (8).

Área

2. Universalidade, Equidade e Integralidade em Saúde - 2.2 Interdisciplinaridade na Formação e Atuação Profissional

Instituições

Unifran-Universidade de Franca - São Paulo - Brasil

Autores

Ana Laura Evangelista Ribeiro, Ligia Peres Tozati