Título

PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM PRONTO SOCORRO INFANTIL

Resumo

INTRODUÇÃO: A literatura vigente ressalta que o processo de adoecimento é permeado por aspectos psicológicos que podem interferir e agravar o quadro clínico. Segundo estudos realizados por Botega (2002), o atendimento psicológico em Hospitais Gerais propicia redução de custos econômicos para a instituição. Tal fato dá-se a partir da comprovação da efetividade terapêutica do psicólogo, resultando em maior adesão ao tratamento e melhora do quadro clínico, permitindo uma menor permanência do paciente no hospital. A doença é um fato comum na infância. Entretanto, a experiência de estar doente pode ter um significado emocional particular para criança e a família, desencadeando intensas angústias. Os serviços de emergência, de modo geral, tem preconizado promover uma assistência interdisciplinar, objetivando prestar assistência integral aos pacientes e familiares, reduzindo o aparecimento de conflitos neste cenário. Vale ressaltar a importância de promover ações profiláticas e intervenções de crise, que minimizem o surgimento de traumas e estresse nesta interface. OBJETIVO: Oferecer assistência psicológica e acompanhamento, em esquema de plantão presencial de 4 horas de duração, para usuários do Pronto Socorro Infantil do Complexo Hospitalar do Mandaqui com graduandos de Psicologia . METODOLOGIA: A intervenção do Estágio supervisionado em Instituições de Saúde com plantão presencial de estagiários e supervisora dispostos, em quatro frentes de atuação alinhadas às necessidades da instituição, e com anuência do Serviço de Psicologia de Pediatria: FRENTE I: Acompanhamento e seguimento dos casos de Violência/Negligência, em conformidade ao protocolo vigente na instituição; FRENTE II: Acompanhamento da comunicação de más notícias e manejo de situações de conflito; FRENTE III; Intervenção de preparo psicológico para procedimentos médicos, entre eles: punção venosa, coleta de exames e outros procedimentos invasivos. Consiste em aplicação de técnicas comportamentais, que incluem o uso de brinquedos terapêuticos, estórias pré-elaboradas e distração emotiva; FRENTE IV: Intervenção de crise a familiares com alterações emocionais significativas, os atendimentos são solicitados pela equipe médica, enfermagem e serviço social. RESULTADOS: Foi realizado um total de 15 plantões durante o estágio, com média de quatro casos atendidos por plantão. As solicitações concentravam-se em intervenções de crise, manejo de conflitos e dificuldade de compreensão de diagnóstico e prognóstico pelos pais dos pacientes. Bem como, a identificação da interface psicológica preexistente, em alguns casos, gerando encaminhamento para o ambulatório da Universidade e a participação da visita médica para discussão de casos. DISCUSSÃO: Em conformidade a literatura vigente que aponta para uma tendência mundial do cuidado centrado na família, observou-se a necessidade de inclusão dos pais na assistência de pacientes infantis e dos benefícios da presença dos pais/familiares durante os procedimentos e de momentos de decisão compartilhada. Neste sentido, a equipe de Psicologia na emergência propiciou uma compreensão ampliada da interface física/psicológica, otimizando a comunicação e a relação médico paciente. CONCLUSÃO: Pode-se concluir, que a intervenção apresentou uma aceitação importante frente a equipe do Pronto Socorro e favoreceu o gerenciamento adequado da comunicação e manejo de situações de conflito como ponto crucial para o alinhamento às necessidades

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