Título

QUALIDADE DE VIDA APÓS O TRANSPLANTE RENAL: REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

Introdução: O conceito de qualidade de vida (QV) é amplo e multidimensional. Nas ciências da saúde, além da consideração dos aspectos biopsicossociais, relaciona-se diretamente com a presença ou ausência de doenças, agravos e impactos dos tratamentos de saúde. O reconhecimento da QV como fator primordial para a saúde das pessoas, vem elevando o interesse científico e fomentado pesquisas relacionadas à temática. Apesar disso, no que diz respeito ao transplante renal (terapia de substituição renal para pacientes que possuem doença renal crônica em estágio avançado), há uma limitação de pesquisas que buscam verificar o impacto desta terapêutica na QV dos receptores. Compreende-se que averiguar a QV de pacientes renais transplantados é essencial para se estimar o benefício efetivo desta terapia. Objetivo: Identificar e analisar como a literatura científica apresenta a qualidade de vida em paciente pós-transplantado renal. Método: Estudo descritivo, fundamentado em uma revisão integrativa de literatura norteado pela seguinte questão: de que forma é evidenciada na produção científica a temática da qualidade de vida do paciente transplantado renal? A coleta de dados foi realizada no mês de julho de 2016 nas bases: MEDLINE, LILACS e SCIELO. Utilizou-se os descritores “Kidney Transplantation” e “Quality of Life”, combinando-se com o operador booleano AND. Após consideração dos critérios de inclusão e exclusão, foram analisados integralmente 15 artigos. Resultados: Os estudos indicam o transplante renal como a melhor opção terapêutica para pacientes com doença renal irreversível. Os escores mais altos referentes à QV após o transplante renal, estiveram presentes dentre outros, em pacientes mais jovens, pacientes com maior nível de escolaridade e aqueles que usam uma menor quantidade de medicamentos. O benefício do transplante tende a ser menor em pacientes mais idosos, pacientes com várias comorbidades ou que tenham apresentando repetidas infecções no período pós transplante. Discussões: Quando bem-sucedido o transplante renal pode aumentar a capacidade funcional do receptor, elevando as chances de retorno à rotina de vida precedente ao aparecimento da doença. Porém, a produção científica também alerta que, apesar dos benefícios do transplante para o doente renal estarem bem estabelecidos, isto não o isenta da possibilidade da existência de dimensões negativas e complicações, as quais podem se tornar fatores estressores que podem comprometer a percepção da qualidade de vida dos transplantados renais. Conclusões: O transplante renal apresenta algumas particularidades do tratamento que quando não adequadamente manejadas podem se tornar barreiras na busca pela QV, alguns destes aspetos são: rigoroso uso de medicações imunossupressoras e seus efeitos colaterais, consultas medicas rotineiras, possibilidades de infeções e internações, temor da perda do enxerto e outros.

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