11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

11º Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

ExpoGramado – Centro de Feiras e Eventos - Gramado /RS | 30 de agosto a 02 de setembro de 2017

Dados do Trabalho


Título

O BRINCAR COMO RECURSO TERAPÊUTICO EM ENFERMARIA DA CARDIOLOGIA DE HOSPITAL PEDIÁTRICO

Resumo

A hospitalização infantil pode acarretar variações no desenvolvimento infantil, tais como a regressão, alteração do sono e da alimentação, oscilação de humor, entre várias outras disfunções. Além do impacto emocional decorrente da doença, tratamento, mudança de rotina, medo e ansiedade. A inserção do psicólogo no hospital vai de encontro com essa demanda que precisa ser vista em todas as suas dimensões, desde a internação até os aspectos psicológicos, sociológicos e ambientais. Destarte, é necessário tanto o psicólogo quanto toda a equipe envolvida no tratamento do paciente proporcionar um atendimento humanizado visando o bem-estar e a qualidade de vida da criança e do familiar ali presente, assim como diminuir os impactos da hospitalização. Para isso utiliza-se o brinquedo como ferramenta para auxiliar a criança a lidar com a doença e suas consequências. O brincar assumiu uma função terapêutica no ambiente hospitalar, pois modifica o ambiente e consequentemente o comportamento do paciente. É um meio para que a criança consiga recorrer a recursos físicos e emocionais a fim de diminuir o sofrimento. O presente estudo tem como objetivo apresentar o relato de experiência da utilização de atividade lúdica com o intuito de criar vínculo com a criança hospitalizada em uma das enfermarias da cardiologia de um hospital pediátrico da região sul do Brasil. No que diz respeito à metodologia, tratou-se de uma atividade proposta à estagiários do último período de Psicologia da mesma região. A escolha do paciente se deu por meio dos critérios: não ter iniciado atendimento com as psicólogas residentes da instituição, disponibilidade de tempo, não estar realizando algum procedimento no momento, aprovação da (o) responsável e aceite da criança em participar da atividade. Os resultados obtidos apresentam-se agregados à discussão. Coube descrever o brincar em três diferentes perspectivas, sendo a primeira o brincar como algo prazeroso para criança, no caso de “L” o quebra-cabeça é descrito por sua mãe como jogo preferido do filho; a segunda trata o brincar como facilitador para interação entre os profissionais de saúde, crianças e seus acompanhantes; e por fim, o brincar como um espaço mais democrático, onde ocorre possibilidades de escolhas. Nesse item, percebe-se esse espaço quando a criança colocou seu desejo de jogar com a mãe, assim como quando desmontou o QC sozinho. Nessa idade a criança costuma se colocar como “do contra”. Considerou-se, afinal, que foi possível vincular a prática do brincar no contexto hospitalar, pois independente do ambiente as atividades lúdicas instigarão as crianças para ação. Através do lúdico é possível criar vínculo, atender no leito, realizar procedimentos explicando-os para criança com os brinquedos. Como visto na literatura, a brincadeira também auxilia na diminuição da ansiedade, medo e estresse gerados pela espera por uma cirurgia ou procedimento, assim como a reduzir o sofrimento advindo do afastamento de familiares, amigos e escola.

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Área

1. Cuidados em Saúde nos Ciclos da Vida - 1.1 Atenção Integral à Criança e ao Adolescente no Contexto de Saúde e Doença

Instituições

Escola de Saúde São José dos Pinhais - Paraná - Brasil

Autores

Maira Cris Lima, Karen Martins Pinheiro