Título

Comunicação alternativa\suplementar como instrumento no cuidado humanizado multidisciplinar: amplificando a voz e expressão do paciente hospitalizado

Resumo

Introdução: Este resumo visa descrever o Projeto de Extensão: Comunicação alternativa\suplementar como instrumento no cuidado humanizado multidisciplinar: amplificando a voz e expressão do paciente hospitalizado, realizado em 2015 no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. De acordo com Leite, Caprara e Coelho Filho (2007, apud CERQUEIRA, 2009) observa-se a necessidade de aperfeiçoar as habilidades comunicacionais dos profissionais de saúde, a fim de melhorar o cuidado e a qualidade de vida dos pacientes internados em hospital geral. A dificuldade de comunicação e, consequentemente, de compreensão entre paciente, família e equipe tornam-se ainda mais frequentes quando o paciente encontra-se em condições de fala comprometida. Esse comprometimento pode ocorrer devido às afecções neurológicas, medicações, ventilação mecânica e outros aparatos tecnológicos, queimaduras e limitações motoras que dificultam a compreensão das mensagens emitidas. Pelosi (2011) relata que um sistema de comunicação alternativa é um grupo integrado de símbolos, recursos, estratégias e técnicas utilizadas pelo indivíduo para auxiliar no desenvolvimento do processo comunicativo. Objetivos: Diante deste cenário, este projeto teve como objetivo capacitar o profissional de saúde a ser facilitador do processo comunicacional; oferecer uma assistência multiprofissional humanizada/estruturada a partir do desenvolvimento e utilização de instrumentos de comunicação alternativa; favorecer o processo de comunicação entre paciente, família e equipe. Metodologia: Inicialmente foi realizado levantamento bibliográfico a respeito do tema e entrevistas semi-estruturadas com equipe de saúde e familiares dos pacientes com prejuízo na comunicação verbal a respeito das dificuldades encontradas no contexto hospitalar. Com base nos dados levantados, foi estruturada uma capacitação com participação de 31 profissionais de saúde realizada em seis encontros teórico-práticos. Estes foram ministrados por profissionais especializados em comunicação alternativa, entre eles: Terapeuta Ocupacional, Fonoaudióloga, Pedagoga, Neurologista, Psicóloga, Neuropsicóloga e Enfermeira. Resultados: Aperfeiçoamento na qualidade de atendimento oferecido a população e melhoria das comunicações estabelecidas; favorecimento das relações entre profissionais de saúde, paciente e seus familiares. Discussão de Resultados: Este projeto possibilitou capacitação de profissionais de saúde relacionada à comunicação alternativa que facilitam o ajustamento do paciente hospitalizado com a comunicação verbal comprometida, minimizando os efeitos adversos provocados pelo isolamento social e a exposição a estímulos estressores. Além disso, possibilitou melhoria do atendimento ao paciente, favorecendo seu bem-estar e enfrentamento psíquico no processo de adoecimento/hospitalização; Considerações Finais: Observou-se uma escassez de conhecimento de instrumentos, pouca formação dos profissionais e familiares para lidar com as limitações da fala impostas por quadros fisiológicos ou dispositivos temporários e/ou permanentes. A propagação de saberes relacionada a formas de comunicação alternativa por meio deste projeto possibilitou que profissionais da saúde, pacientes e familiares tivessem acesso a este conteúdo. Concluiu-se a importância de que os profissionais tenham maiores instrumentos que auxiliem o paciente utilizar a sua “voz” de maneira diferenciada; auxiliando a diminuição de possíveis transtornos psicológicos.

Referências Bibliográficas

CERQUEIRA, A.T.A.R. Resenha do livro: Habilidades de comunicação com pacientes e famílias. De A.J.M. LEITE, A. CAPRARA, J.M. COELHO FILHO (Orgs.). Interface – Comunicação, Saúde, Educação, vol. 13, n. 29, abril-junho, 2009, p. 469-473, 2009. Disponível em: Acesso em: 13 fev. 2013.

PELOSI, M. B.; NUNES, L. R. D. P. A ação conjunta dos profissionais da saúde e da educação na escola inclusiva.
Revista de Terapia Ocupacional da USP, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 52-59, 2011