Dados do Trabalho

Título:

DOIS NOVOS REGISTROS DE GALICTIS CUJA PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: DADOS DE ATROPELAMENTOS.

Resumo:

O Galictis cuja, vulgarmente conhecido como Furão-pequeno, é o segundo carnívoro menos conhecido do Brasil, ficando atrás somente de outro mustelídeo, Mustela africana (Doninha-amazônica) evidenciando falta de dados sobre a espécie e a necessidade de estudos que contemplem informações básicas como áreas de vida e distribuição geográfica. Os registros de ocorrência sobre a distribuição geográfica do G. cuja, são escassos quando comparados com a de outros carnívoros e, os poucos dados registrados sobre os padrões de distribuição dessa espécie, são mal documentados para algumas regiões brasileiras. Esse é o caso da Caatinga. Apresentando delimitação bem conhecida, a ecorregião da Caatinga históricamente foi negligenciada pela comunidade científica e políticas de conservação, sendo vista como uma área pobre em biodiversidade. Nos últimos anos, os esforços científicos na área contabilizaram mais 379 novas espécies de vertebrados, resultando ao grupo o aumento de 35,8% em sua riqueza. Apesar da elevada biodiversidade, o bioma ainda carece de informações básicas que possam embasar a elaboração de políticas públicas para conservação. O objetivo do presente trabalho foi de contribuir com dois novos registros de G. cuja através de dados advindos do atropelamento em estradas localizadas no Rio Grande do Norte (RN). Os dois espécimes foram recolhidos frescos e levados para o Laboratório de Ecologia e Conservação de Fauna Silvestre da Universidade Federal Rural do Semi-Árido onde se encontram depositados. As datas e pontos de atropelamento foram: dia 16/12/2021, ponto UTM 674497, 9449854 e dia 20/02/2022 ponto UTM 681175, 9427484. O primeiro ponto está localizado numa estrada de terra no município de Mossoró fronteira com o município de Baraúna e o segundo registro está localizado em um bairro mais afastado da cidade de Mossoró, no bairro Abolição. A atualização e da distribuição geográfica dessa espécie, para o Estado do Rio Grande do Norte e para a Caatinga, contribuirá para futuras avalições acerca do seu estado de conservação, requerimentos ecológicos e ameaças atuais e corrobora com estudos que já relatam a sua vulnerabilidade de atropelamento.

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