Dados do Trabalho

Título:

ROEDORES EQUIMIIDEOS EM COLEÇOES ZOOLOGICAS BRASILEIRAS: POR QUE PRESERVAR ESTRUTURAS POS-CRANIANAS?

Resumo:

O Brasil tem a maior biodiversidade de vertebrados do mundo, com aproximadamente 9 mil espécies das quais 762 são mamíferos. No contexto de um estudo mais amplo, visitamos cinco coleções brasileiras que abrigam roedores equimiídeos para realizar um estudo relacionando à morfologia escapular e umeral de equimiídeos brasileiros com seus respectivos hábitos locomotores: arborícola, semi-aquático, semifossorial e terrestre em um contexto filogenético. Para a realização de nosso trabalho, fotografamos crânios, escápulas e úmeros dos equimiídeos depositados no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN / UFRJ); Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP); Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG); Coleção de Mamíferos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Coleção de Mamíferos do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios (LABPMR). Como resultado, encontramos grande número de exemplares com pós-crânio ausente ou em mau estado de conservação, comprometendo nossa amostragem e dificultando nosso trabalho. Percebemos que apesar de 10 gêneros equimiídeos serem arborícolas, tornando este hábito locomotor o mais comum entre os gêneros de equimiídeos analisados, nessas coleções, eles representaram apenas 19% do total de espécies observadas. A maioria dos exemplares, 74%, foram dos gêneros terrestres (Proechimys, Thrichomys e Trinomys). Os equimiídeos semifossoriais também foram escassos (6%), alguns deles menos representados do que o gênero Myocastor, o único semiaquático (1%). Observamos ainda que as escápulas correspondiam a 36% e os úmeros a 34% do total de crânios presentes nas coleções de mamíferos pesquisadas. Ressaltamos assim, a importância de preservar as estruturas pós-cranianas para depósito em coleções zoológicas.
Palavras-Chave: Rodentia; Echimyidae; Biodiversidade; museus; neotropical; pós-crânio; escápula; úmero.

Financiamento:

Área

Anatomia e Morfologia