11º Congresso Brasileiro de Mastozoologia e 11º Encontro Brasileiro para o Estudo de Quirópteros

Dados do Trabalho


Título:

CONHECENDO OS MORCEGOS QUE HABITAM O CERRADO E A AMAZONIA MARANHENSE: ABUNDANCIA, RIQUEZA E GUILDAS TROFICAS

Resumo:

Os morcegos representam a segunda ordem mais diversa dentre os mamíferos e apresentam uma ampla distribuição geográfica, eles possuem uma grande variedade de hábitos alimentares, podendo ser: nectarívoros, insetívoros, frugívoros, onívoros e hematófagos. O Maranhão por estar localizado em uma posição estratégica compreendendo diferentes Biomas (Amazônia, Cerrado, Caatinga), ecótonos (Amazônia/Cerrado e Caatinga/Cerrado) e matas de babaçuais é uma área de grande potencial para abrigar alta biodiversidade, no entanto pouco se sabe sobre a biodiversidade de morcegos. Neste estudo objetivou-se conhecer a riqueza e abundância da quiropterofauna de ocorrência nas paisagens Maranhenses e caracterizá-los quanto as suas guildas tróficas. As atividades de campo foram realizadas durante os anos de 2016 a 2019 em diferentes locais pelo estado, incluindo ambientes urbanos e naturais. Com auxílio de redes de neblina os espécimes foram capturados, identificados e fotografados. Para o Cerrado maranhense foram registradas 35 espécies representando aproximadamente 19% do total de espécies registradas para o Brasil com essas compreendendo seis famílias: Phyllostomidae, Molossidae, Vespertilionidae Emballonuridae, Mormoopidae e Noctilionidae. Quanto a riqueza a família Phyllostomidae apresentou 19 espécies, Molossidae sete, Vespertilionidae cinco, Emballonuridae, Mormoopidae e Noctilionidae uma espécie cada. Quanto as categorias alimentares os insetívoros apresentaram 49% da riqueza de espécies, seguido pelos frugívoros (30%), hematófagos e onívoros (6%), nectarívoros, carnívoros e piscívoros (3%). Com relação à abundância por classe alimentar foi verificado frugívoros com 49,8%, seguido dos insetívoros com 32,3%. Para a Amazônia maranhense foram registradas 19 espécies incluídas em quatro famílias (Phyllostomidae, Emballonuridae, Molossidae e Vespertilionidae) representando 11% do total de espécies registradas para o Brasil. Quanto a riqueza a família Phyllostomidae apresentou 14 espécies seguida de Emballonuridae com três, Molossidae e Vespertilionidae com uma cada. Os frugívoros corresponderam a 45%, seguido pelos insetívoros (35%), hematófagos e nectarívoros (10%). Com relação à abundância por classe alimentar verificou-se frugívoros com 47,7%, seguido dos insetívoros 45,2%, hematófagos 3,7% e nectarívoros 3,4%, padrão encontrado para a região neotropical. Apesar de não ter sido amostrado todas as paisagens maranhenses ficou evidente que o estado é constituído de áreas importantes para a manutenção da fauna de morcegos, pois abriga no mínimo 41 espécies representando 22% da diversidade de morcegos registradas para o Brasil. A continuidade de inventários se faz necessário para o conhecimento de toda a quiropterofauna de ocorrência nos diferentes biomas e ecótonos registrados para o estado do Maranhão.

Financiamento:

FAPEMA, UEMA, CAPES e UFPA

Área

Inventário de espécies

Autores

Maria Claudene Barros , Ana Priscila Medeiros Olímpio , Samira Brito Mendes , Amanda Cristiny da Silva Lima , Cleison Luís da Silva Costa , Fabio Henrique de Souza Cardoso , Aglay Morgana de Araújo Lima , Walna Micaelle de Moraes Pires , Elmary da Costa Fraga , Iracilda Sampaio