11º Congresso Brasileiro de Mastozoologia e 11º Encontro Brasileiro para o Estudo de Quirópteros

Dados do Trabalho


Título:

COLEÇOES DE MAMIFEROS NO BRASIL: VISAO GERAL E BANCO DE DADOS

Resumo:

Coleções biológicas são repositórios fundamentais para avanços no conhecimento sobre a biodiversidade em diversas disciplinas, como taxonomia, conservação, evolução, zoonoses, ciências agrárias e educação. No Brasil, as coleções científicas de mamíferos têm crescido em número e em tamanho nos últimos anos. Com o propósito de coletar, organizar e compartilhar informações sobre as coleções brasileiras de mamíferos, bem como ser facilitadora de acesso ao conhecimento técnico pela curadoria, a Sociedade Brasileira de Mastozoologia concebeu o Comitê de Coleções Mastozoológicas (CCM‑SBMz). O primeiro objetivo do CCM‑SBMz, e que será abordado aqui, foi realizar um diagnóstico das coleções de mamíferos no Brasil. Para isso, o CCM‑SBMz levantou e contatou 100 coleções, para as quais enviou um formulário dedicado a coletar dados gerais da instituição e do acervo, tais como o nome da coleção, contato e endereço, ano de fundação, tamanho e abrangência (geográfica e taxonômica), informatização dos dados, além de dados mais refinados sobre a composição taxonômica dos acervos. Das 100 coleções contatadas, 71 responderam ao formulário e foram consideradas nas análises. Desde a criação da primeira coleção, na década de 1870, um notável crescimento em número se deu entre os anos de 2000 e 2010, quando foram estabelecidas 35 delas. As coleções brasileiras abrigam cerca de 372.200 espécimes, dos quais cerca de 60% estão depositados em apenas três (MNRJ, MZUSP e MPEG), sendo que as informações de catálogo estão completamente digitalizadas ou em processo de digitalização na maior parte delas. Contudo, estas informações estão raramente compartilhadas na web. A cobertura geográfica dos acervos é principalmente regional ou nacional; os estados com maior número de instituições são Rio Grande do Sul e Pará, e nenhuma coleção foi identificada em Roraima. Os acervos são diversificados quanto ao tipo de material depositado, sendo espécimes-testemunho o mais frequente. Taxonomicamente, a ordem mais comum nos acervos é Rodentia, seguida por Carnivora; as famílias Didelphidae, Cricetidae e Felidae são as mais frequentemente representadas. Esses resultados resumem o primeiro esforço do CCM‑SBMz e fornecem um panorama sobre as coleções brasileiras de mamíferos. O comitê continuará trabalhando no sentido de prover informações e ideias que promovam a capacitação do gerenciamento e crescimento dessas coleções. Palavras-chave: Conservação; História Natural; Patrimônio genético

Financiamento:

CAPES, CNPq, FACEPE, FAPERJ, FAPES, FAPESC, FAPESP e FUNCAP

Área

Sistemática e Taxonomia

Autores

Elisandra Almeida Chiquito, Aldo Caccavo, Carolina Ferreira Santos, Thiago Borges Fernandes Semedo, Anna Ludmilla Costa-Pinto, Diego Astúa, Alexandra Maria Ramos Bezerra, Claudia Regina Silva, Edú Baptista Guerra, Pablo Rodrigues Gonçalves, Sérgio Luiz Althoff, Tatiane Campos Trigo, Alexandre Reis Percequillo